Transporte urbano sobre trilhos é precário

Isabella Guerreiro – Extra


Diariamente, recebemos reclamações de passageiros sobre as condições do transporte ferroviário do Rio. Para entender o motivo de tanta insatisfação, viajei por uma semana pelos cinco ramais operados pela SuperVia, que, por meio de 13 linhas, atende as zonas Norte e Oeste do Rio, além de dez municípios da Baixada Fluminense. Apesar do avanço significativo do transporte desde a privatização, em 1998, os 500 mil passageiros que utilizam diariamente os trens, equivalente à metade dos usuários de 1984, ainda enfrentam problemas para chegar ao trabalho e voltar para casa. Transtornos que começam antes mesmo de embarcar nos vagões.


Por volta das 17h, encontrei uma multidão ao redor das bilheterias da Central do Brasil, estação que recebe 110 mil pessoas por dia. Diferentemente do que parecia, as inúmeras filas não organizavam a compra do tíquete, mas a passagem pela roleta, já com o bilhete ou o RioCard na mão. Levei 12 minutos só para entrar. No entanto, usuários disseram que a demora pode chegar a 20 minutos.


– O normal é encontrar de 40 a 50 pessoas na sua frente, antes da roleta. Às vezes, perco um ou dois trens enquanto estou na fila – disse Cláudio Vieira, de 47 anos.


Alcançar a catraca não é a única dificuldade vivida pelos passageiros. É comum encontrar quem tenha o ingresso recusado. Em cinco minutos, vi duas pessoas barradas.


– Por três vezes tive o bilhete travado na roleta. Precisei enfrentar outra fila para trocar o cartão e, então, entrar na fila de novo. Um inferno – afirmou o universitário Leonardo Machado, de 22 anos.


Dentro da estação, um aglomerado de pessoas se forma em torno dos monitores que informam o horário de partida e a respectiva plataforma de embarque para cada linha. Assim que um trem é anunciado, os passageiros saem correndo, a fim de tentar conseguir um assento na composição. Mas, ao chegar lá, o vagão já está cheio. Isso acontece porque os passageiros costumam esperar o trem na própria plataforma da qual o transporte costuma partir. Eles embarcam antes de saber. Às vezes, os usuários erram. Porém, a SuperVia também costuma remarcar, o que irrita mais ainda os passageiros. De qualquer forma, é um corre-corre quando o auto-falante confirma o destino. As pessoas passam por dentro de um trem parado e até cruzam a linha férrea. Vale tudo para tentar um lugar no vagão.


– Gosto de viajar sentado, pois vou para Campo Grande. Trabalho o dia todo e fico muito cansado. Vale a pena pular a plataforma – disse o militar Paulo Flaeschen, de 70 anos.


Depois de tanto sufoco, é hora de viajar em pé (para a maioria), sacolejando em composições lotadas – a maior parte antiga, barulhenta e quente. Dos 159 trens em operação, apenas 34 têm ar-condicionado. Portanto, chegar ao destino cansado e estressado é mais do que compreensível.


Na porta do perigo


A superlotação nos ramais, principalmente no de Japeri, que transporta o maior volume de passageiros (200 mil por dia), leva os usuários a viajar com parte do corpo (ou até com o corpo inteiro) para fora do trem. Eles forçam a abertura das portas: uma mistura de imprudência com falta de fiscalização.


Ao tentar registrar a cena, no trajeto para Saracuruna, o fotógrafo Fábio Guimarães chegou a ser alertado sobre o risco de levar um tiro.


O professor de engenharia da Uerj Jose Guerra faz uma análise do transporte:


– Os trens carecem de melhores serviços, instalações, integrações e composições mais modernas.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Extra

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0