Os primeiros Veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs) a circularem no Estado estão previstos para o fim do segundo semestre de 2010. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) homologará o contrato para a construção dos veículos no próximo dia 17. Apesar de ter sido uma concorrência internacional, o consórcio vencedor, Bom Sinal/ Trends, é totalmente brasileiro. O edital foi relançado, em janeiro, após um processo licitatório frustrado, por dar vazio, no ano passado. Os VLTs custarão R$ 60 milhões e estão incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Estamos fazendo uma avaliação final para a homologação. O primeiro VLT será entregue dentro de 18 meses. Enquanto isso, faremos obras de adequação, que acontecerão em paralelo, no trecho onde os veículos passarão”, disse o diretor técnico da CBTU, Marcus Quintella. O trecho escolhido foi entre Cajueiro Seco (Jaboatão dos Guararapes) e Cabo de Santo Agostinho, com sete veículos de três vagões cada, movidos a diesel, com 22% de biodiesel. Cada veículo tem capacidade para até 220 passageiros, trafegando a uma velocidade de 60 km.
De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Bom Sinal, Ricardo Alves, o desempenho do VLT gera uma economia de 30% na sua operação, ao comparar com trens que circulam hoje pelo Metrô do Recife (Metrorec). “Os VLTs serão 85% nacionais. Entregaremos todos em 24 meses. O contrato permite 36 meses”, contou.
Para a implantação dos veículos, a Bom Sinal fará a parte de metalurgia no Ceará, onde tem uma fábrica, e transportará o material para um local entre Recife e Jaboatão dos Guararapes. “Queremos criar um pólo metroviário entre os dois estados. Aproveitaremos a mão-de-obra local, cerca de 100 funcionários”, explicou Alves.
A Bom Sinal é a primeira indústria a construir VLTs no Brasil, quando apostou no mercado há dois anos. Atualmente, a empresa construiu um VLT com quatro vagões para rodar entre Juazeiro do Norte e Crato (CE), que estão apenas esperando a construção das estações. Com o dinheiro estadual, serão construídos 24 vagões para a Metrofor, financiados pelo Banco Mundial.
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