Burocracia barra terminal em São Luís

A construção o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, em São Luís, continua com entraves burocráticos. Duas empresas já anunciaram interesse em investir no terminal, a Ceagro Business e a ACB Inco, mas o edital de arrendamento de áreas para estruturas de armazenamento de grãos ainda depende de aprovação a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


A agilidade na implantação do Tegram e as exportações de soja pelo Itaqui foram os temas de uma reunião, realizada semana passada em São Luís por representantes dos governos federal e estadual e iniciativa privada, visando evitar o estrangulamento do escoamento da safra de grãos nos próximos anos.


O Tegram irá atender à demanda crescente da produção de grãos do Corredor Centro Norte, que abrange os estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará, Goiás, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. Com o avanço da ferrovia Norte-Sul dentro do Tocantins, a tendência é aumentar o volume e embarque de soja pelo Itaqui.


O diretor do Departamento de Infra-Estrutura e Logística do Ministério da Agricultura, Biramar Nunes de Lima, informou que representantes do governo e iniciativa privada estão acompanhando o escoamento da soja por São Luís para evitar problemas futuros, além de apressar discutir a agilidade dos investimentos.


Atualmente, a soja é escoada para o mercado externo apenas um por píer do Itaqui, operado pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O Tegram seria uma segunda alternativa para o escoamento da soja. A atual estrutura, aliada a alguns ajustes, permite o escoamento da produção deste ano, de acordo o gerente comercial de Logística da CVRD do sistema norte, Evaldo Barbosa.


O gerente geral da Antaq, Fernando Regis dos Reis, que participou da reunião, informou que fez alguns questionamentos técnicos no edital de arrendamento de áreas do Tegram enviado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável pela administração o Itaqui, aguarda respostas. O presidente da Emap, Ricardo Zeni, revelou que os questionamentos estão sendo respondidos e devem ser encaminhados à Antaq até a próxima terça-feira.


A previsão inicial de embarque de soja este ano era de 2,6 milhões de toneladas. Em virtude da quebra de safra, conseqüência de estiagem e excesso de chuvas, e das péssimas condições de tráfego da BR-158, que permite o transporte rodoviário da soja de do Nordeste do Mato Grosso ao terminal ferroviário de Porto Franco (MA), a previsão de embarque caiu para 2,1 milhão de toneladas.

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Fonte: Gazeta Mercantil

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