Nova aposta na logística ferroviária

12 de Maio de 2005 – O Brasil, ao que parece, está redescobrindo o potencial do transporte ferroviário. Tanto no setor público como no privado. O principal alvo da idéia é aumentar a capacidade de acesso aos portos, essencial para o esforço exportador. E algumas dessas iniciativas já começaram a sair das pranchetas.

Duas empresas de logística desenvolveram projeto conjunto para viabilizar o escoamento de produtos por ramal ferroviário ligando o Vale do Paraíba, na macrorregião de São Paulo, ao Porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro. O projeto pretende que o trecho ferroviário auxiliar seja usado como alternativa ao trem expresso Santos–Vale do Paraíba, que hoje atende a grandes empresas da região.

É fato que a logística ferroviária não é processo de fácil operação. O Porto de Sepetiba é alternativa promissora para as empresas do Vale do Paraíba que hoje usam Santos. Quando o escoamento por Santos começou, a expectativa da empresa era de uma economia de US$ 12 milhões/ano. As despesas extras de logística (em Santos, por exemplo, o acesso ao terminal portuário exigiu transbordo adicional), no entanto, reduziram essa perspectiva para US$ 2 milhões. Está previsto redução de 20% nos custos de transporte com a alternativa ferroviária, que pode crescer muito, porque, por exemplo, a maior empresa da região, hoje, transporta apenas 20% de seus produtos acabados por trem.

O setor público também despertou para o investimento ferroviário. Em março, foi dado o sinal de alerta: a Brasil Ferrovias, que atravessa os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo por 4.673 quilômetros até chegar a Santos, corria risco de interrupção de atividades.

O relatório do BNDES sobre a empresa mencionava, inclusive, o risco de caducidade dos contratos de concessão pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Na época, o BNDES já decidira aportar R$ 415 milhões na empresa – R$ 150 milhões em recursos novos, o restante na conversão da dívida em capital. Os fundos de pensão de estatais, o Funcef, da Caixa Econômica Federal, e o Previ, do Banco do Brasil, entrariam com outros R$ 370 milhões. A Brasil Ferrovias deve R$ 1,6 bilhão ao BNDES, que não poderia emprestar mais, mas o caso foi tratado como exceção.

O relatório do BNDES reconheceu que a malha ferroviária está em precárias condições, com baixa produtividade. O banco concordou que a situação não é produto de má gestão. O grande atraso (5 anos) na construção de ponte rodo-ferroviária, unindo a Ferronorte à Ferroban sobre o Rio Paraná (que ligaria o Centro-Oeste a Santos), e as taxas de juros dos empréstimos do próprio BNDES foram pesos excessivos para a empresa.

É um resumo, não exclusivo das ferrovias, das dificuldades de investir em infra-estrutura no Brasil. Sem contar as pesadas heranças das privatizações, em especial, no caso das ferrovias, dos passivos trabalhistas.

Na semana passada, o presidente Lula anunciou o projeto de recuperação da Brasil Ferrovias. O custo da ajuda do BNDES foi alterado. Agora, a empresa terá R$ 912 milhões do banco, que ficará com 49% do controle da empresa. Desse total, R$ 265 milhões são conversão de dívidas em capital, R$ 382 milhões são de novos recursos e R$ 265 milhões de empréstimos.

A operação toda custará R$ 1,468 bilhão, com o Previ aportando R$ 375 milhões e o Funcef R$ 181 milhões, ficando cada fundo, respectivamente, com pouco mais de 20% do controle da companhia. Todos os `sócios` da Brasil Ferrovias perceberam os riscos da `caducidade` dos contratos de concessão, porque nesse caso todos os créditos da empresa, dos acionistas privados ou do BNDES `virariam pó`.

O governo federal tem envidado esforços para tratar a questão de infra-estrutura com viés modernizante. O anúncio de que as Parcerias Público-Privadas, incluindo ferrovias, já serão licitadas confirma essa tendência. Aproximar-se da iniciativa privada para gerir projetos de infra-estrutura – como fez também o BNDE

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Gazeta Mercantil

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*