CSN vende 40% da Namisa por US$ 3,12 bi

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou oficialmente ontem a venda de uma participação de 40% na mineradora Nacional Minérios (Namisa) para um consórcio de grupos japoneses. O valor do negócio – US$ 3,12 bilhões, à vista – surpreendeu o mercado. Esse número significa que a Namisa foi avaliada, no total, em US$ 7,8 bilhões. Em comparação com o valor de mercado da própria CSN, que é de US$ 11 bilhões, o montante é muito expressivo, uma vez que a companhia conta ainda com outros ativos de mineração, siderurgia, logística e energia. Somente a mina de Casa de Pedra vale outros US$ 8 bilhões, segundo cálculos do mercado, o que indica que os ativos de mineração da companhia – Namisa e Casa de Pedra – valem mais do que a companhia como um todo.


O cálculo se encaixa perfeitamente nos planos do presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, que defende que as partes da CSN valem mais do que o total da empresa. Vender uma parte pequena da empresa é uma forma de valorizar o todo, disse à Agência Estado, em maio deste ano.


Na quinta-feira, as ações da companhia tiveram alta de 17,29%, em meio a rumores de que a venda da Namisa havia sido fechada. A notícia foi divulgada pelo jornal japonês Nikkei. Ontem, a valorização das ações foi bem menor: 0,44%.


O valor obtido pela CSN surpreendeu também pelo momento de turbulência na economia global. Analistas destacaram que o preço obtido pela Namisa está em linha com o que se esperava antes do agravamento da crise financeira. Foi uma surpresa por causa do cenário mundial, disse Wellington Senter, analista da Modal Asset.


Assim como grande parte dos especialistas, ele acreditava que a operação não seria concluída, ou que seria fechada a um preço menor. Nas últimas semanas, vários bancos divulgaram relatórios para rebaixar a perspectiva de reajuste do minério de ferro em 2009, o que poderia ter abalado a atratividade do negócio, segundo ele. A restrição mundial do crédito também poderia ter impedido o fechamento da venda.


De acordo com o analista da Corretora Geração Futuro Carlos Kochenborger, o preço da Namisa é uma sinalização positiva para todo o mercado de mineração. Isto deve beneficiar até mesmo os papéis das siderúrgicas brasileiras, porque todas contam com ativos de minério de ferro, afirmou.


Sócios – O consórcio de empresas que comprou a participação na Namisa já vinha sendo apontado por fontes do mercado como favorito. Composto pela trading Itochu e pelas siderúrgicas japonesas Nippon Steel, JFE Steel, Sumitomo Metal, Kobe Steel e Nisshin Steel, além da coreana Posco, o consórcio ficou à frente da disputa pela Namisa em setembro, depois que o grupo chinês liderado pela siderúrgica Shagang abandonou as negociações.


Dentre os novos acionistas da Namisa estão três das dez maiores siderúrgicas do mundo – Nippon, JFE e Posco -, que no ano passado ocuparam a segunda, terceira e quarta colocações no ranking de produção mundial de aço, com volumes de 30 milhões a 35 milhões de toneladas cada uma. A Sumitomo foi a 20ª colocada, com produção de 13,8 milhões de toneladas, enquanto a Kobe foi a 38ª colocada, com 8,1 milhões de toneladas. A Nisshin veio em 71ª lugar, com produção de 4,1 milhões de toneladas, segundo a Geração Futuro.


Segundo Pedro Galdi, analista da SLW, essas companhias seguem uma tendência mundial das siderúrgicas, que estão em busca de auto-suficiência em minério. As siderúrgicas querem garantir o fornecimento próprio do insumo, disse. A Namisa atingirá uma venda total de 40 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano até 2012, conforme havia anunciado a CSN, sendo que, desse total, apenas 16,5 milhões de toneladas serão produzidos efetivamente pela Namisa. Segundo fontes do mercado, outras 6 milhões de toneladas serão compradas de pequenos produtores locais e mais 17,5 milhões de toneladas serão compradas de Casa de Pedra.

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Fonte: O Estado de S. Paulo

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