O ex-presidente da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social – Refer Jorge Moura acusou ontem o ex-assessor da Casa Civil Marcelo Sereno de tentar articular uma operação para terceirização da carteira de títulos públicos da Refer, avaliada em R$ 1,4 bilhão, como revelou ontem Tereza Cruvinel, no GLOBO. A proposta previa a venda dos títulos para oito bancos (Banco Santos, BMC, Westlb, HSBC, Pactual, Banif Primus, Banco do Brasil e Itaú). A CPI dos Correios investiga operações feitas por 11 fundos de pensão mantidos por estatais.
A transferência das carteiras da Refer foi proposta pelo ex-diretor financeiro Eduardo Telles em reunião do conselho deliberativo, em abril do ano passado. Moura acusa Sereno de estar por trás da proposta, que foi derrubada pelo conselho. Ele afirma ainda que depois de ter lutado para desmontar a operação foi afastado do cargo. Ainda segundo o ex-presidente da Refer, Marcelo Sereno estaria trabalhando em acordo com o deputado Carlos Santana (PT-RJ), que seria responsável pela indicação de Telles.
Carlos Santana e Eduardo Telles negaram ontem qualquer manobra para terceirizar a carteira. A assessoria de Marcelo Sereno também negou ingerências dele no fundo.
Moura contou que ele próprio foi indicado para o Refer por Sereno. O diretor financeiro da instituição na época, Adauto Carmona, teria sido indicação do PCdoB.
— Em determinado momento, Santana e Sereno se aproximaram. O Eduardo Telles assumiu a diretoria financeira dizendo que faria a proposta de terceirização — disse Jorge Moura, que votou contra a proposta e disse ter sido avisado por Sereno de que seria afastado da presidência:
— Um dia antes da reunião do conselho, no dia 15 de junho (de 2004) recebi uma ligação do Sereno, informando que eu não ia ter voto no conselho deliberativo para garantir minha presença no fundo.
No dia seguinte, o conselho deliberativo aprovou o afastamento de Jorge Moura. O deputado Carlos Santana negou que tenha indicado Eduardo Telles ao cargo:
— Eu não tive nada com isso. O que está registrado em ata é que Adauto saiu da Refer para ser secretário-executivo do Ministério da Ciência e da Tecnologia. Ele enviou carta explicando as razões de sua saída e indicando Eduardo Telles.
Em e-mail enviado ao GLOBO, Telles afirmou que seguiu apenas a linha de conduta adotada pela política de investimentos da Refer em 2004, ao propor a venda das carteiras. Segundo ele, a proposta era criar um fundo de investimentos de aplicação em quotas, com gestão exercida pela própria fundação “não se tratando portanto de terceirização”. Telles hoje trabalha na prefeitura petista de Nova Iguaçu, segundo a assessoria do prefeito Lindberg Farias, pelo PCdoB.
Dirigentes são autuados por causar prejuízo
A Fundação Refer está na mira da Secretaria de Previdência Complementar (SPC). No mês passado, seis dirigentes do fundo de pensão, indicados pelo PT, foram autuados por terem provocado à entidade um prejuízo de R$ 3,45 milhões, entre novembro de 2003 e março de 2004. As perdas foram decorrentes de aplicações em papéis da Telemar (PN) em opções na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), consideradas de risco elevado.
A Refer tem um patrimônio de R$ 2,5 bilhões e 40 mil participantes. É patrocinada pelas empresas Rede Ferroviária Federal (em liquidação), Central de Logística, Metrô do Rio e Companhia Paulista de Transporte Metropolitano (CPTM).
Segundo o secretário de Previdência Complementar, Adacir Reis, os dirigentes da entidade fizeram as aplicações sem análise prévia do risco da operação. Se não apresentarem justificativa para os investimentos que convença os técnicos da SPC, eles terão que pagar do próprio bolso uma multa que varia entre R$ 10 mil e R$ 20 mil cada um.
O ex-presidente da Refer Jorge Moura contestou o auto de infração. Disse que, apesar do risco elevado, as aplicações foram autorizadas pelo Comitê de Investimentos da entidade
Ex-presidente diz que Sereno atuava na Refer
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