Veículo leve é a solução para Natal

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Esse é o nome de uma das grandes esperanças do transporte público de Natal. Ajudar a tornar a proposta realidade é um dos maiores desafios do futuro prefeito da capital. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) calcula em R$ 173 milhões os recursos necessários para a execução da primeira etapa do projeto, que prevê a utilização das atuais rotas ferroviárias e ainda um novo trecho, de três e meio quilômetros, indo da estação do Alecrim até as proximidades do Midway Mall. Uma ampliação dessa proposta, incluindo a ligação do futuro aeroporto de São Gonçalo ao de Parnamirim, custaria três vezes mais.


O VLT é um trem, porém pode ser melhor comparado a um bonde moderno, já que além dos trilhos comuns, também transita por ruas, como os antigos bondes, necessitando de umas poucas adaptações. Por ocupar espaço menor que os trens tradicionais e ser mais leve, tem condições de utilizar faixas exclusivas (semelhante às dos ônibus na Bernardo Vieira), ou mesmo áreas como os canteiros, obtendo acesso a locais de grande concentração de pessoas na cidade.


A expectativa da CBTU é de que o VLT possa atender a uma demanda de 61 mil pessoas por dia. Já a esperança dos especialistas em transporte público é que esse novo meio de transporte agilize a integração entre os sistemas (com ônibus e opcionais principalmente) e consiga reduzir a quantidade de veículos particulares que rodam nas ruas da cidade, ao oferecer um serviço de qualidade, confortável, pontual e barato.


Este ano, contudo, o projeto sofreu um “duro golpe” ao não ser incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. No entanto, o VLT da capital potiguar está incluído no Plano Plurianual (PPA) da União e a Superintendência local da CBTU acredita que essa nova alternativa de transporte poderá estar à disposição dos natalenses nos próximos quatro anos.


Entrevista com o superintendente de Trens Urbanos de Natal, José Fernandes Silva


Qual a importância da chegada do VLT para o transporte público de Natal?


Não podemos mais tratar o transporte público da capital isoladamente. Por isso, a importância não é apenas para esta cidade, mas também para Extremoz, Parnamirim, São Gonçalo. Em toda Região Metropolitana, entendemos que o transporte centrado apenas no modal rodoviário está se estagnando muito rapidamente, com Natal apresentando engarrafamentos em vários trechos. Então o modal ferroviário se torna uma alternativa, para que a cidade não paralise de completo seu desenvolvimento, em função desses gargalos. Porém, sabemos que os trens que operamos hoje não são suficientes para pensarmos em fortalecer essa integração.


E qual a diferença entre o VLT e os atuais trens?


O VLT também é um trem, porém este trem que operamos hoje é mais pesado. O VLT possui tecnologia avançada, uma leveza muito grande. São veículos modulados, que podem se deslocar com mais facilidade, com mais condições de manobra e uma condição maior de transporte. Cada módulo do VLT, que está se pensando para Natal, que serão dois carros sanfonados, terá capacidade para 800 pessoas.


Esse veículo irá trafegar sobre as atuais linhas férreas?


A CBTU desenvolveu o projeto utilizando as mesmas linhas usadas hoje. Estamos pensando ainda, dentro da primeira etapa, em uma expansão de 3,5 km, pela Presidente Bandeira até as imediações da Bernardo Vieira, chegando perto do Midway. Nos trilhos antigos vai haver um forte investimento, com melhoria das estações, sinalizações. O fato de aproveitar o atual traçado barateia o projeto e também há uma boa demanda, tanto na linha Norte, quanto na Sul, que passam por bairros muito adensados de Natal.


Há mais etapas previstas e elas já têm um orçamento?


O transporte é algo que tem de mudar com a cidade e há expectativa da CBTU, em tempos futuros, de expandir essa linha da Presidente Bandeira até, por exemplo, a avenida Ayrton Senna, passando pela UFRN, pelo Centro Administrativo, mas ainda não temos estimativa de custos, porque esse projeto ainda não foi desenvolvido. Há ainda uma solicitação feita pelo Governo do Estado, que nos sugeriu um estudo prévio sobre uma ligação que sairia da Linha Norte até São Gonçalo do Amarante (onde será construído o novo aeroporto), indo por Macaíba até Parnamirim, pela BR-304, chegando ao aeroporto Augusto Severo, e daí unindo-se à Linha Sul. Para essa ampliação a estimativa de custo, somada à primeira etapa, elevaria o investimento para R$ 518 milhões.


E já se conseguiu, pelo menos, os recursos da primeira etapa?


Esse projeto está no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA), inclusive a deputada Fátima Bezerra apresentou uma emenda ao PPA, incluindo a proposta. Não conseguiu os R$ 173 milhões, mas conseguiu sinalizar R$ 74 milhões. idéia.


E quando o senhor acha que o VLT poderá ser uma realidade?


Acredito que Natal terá esse projeto nesses próximos quatro anos, que é o período exatamente que abrange esse PPA. Agora, quanto à duração das obras, é muito difícil dizer, porque obras sempre dependem de vários fatores. Mas acho que nesses quatro anos há plena condições de o projeto ser executado, devido a todo conhecimento técnico que a CBUT possui. Já existe, inclusive, duas cidades que estão licitando o VLT, que é o caso de Fortaleza e Recife. Tínhamos que Natal seria o plano piloto para a região.  


Então, o fato de não ter sido incluído no PAC prejudicou?


Infelizmente prejudicou.


 


 

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Fonte: Tribuna do Norte (RN)

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