Plano estratégico da Vale divide opiniões

Os planos de investimentos da Vale para 2010, divulgados pelo seu presidente, Roger Agnelli, na segunda-feira, em meio a versões de troca do controle da companhia e de aumento da pressão política do governo sobre a empresa, dividiram opiniões de analistas.


Uma participação de apenas 2,7% do valor total dos investimentos de US$ 12,9 bilhões em siderurgia sinalizaram, para Marcus Assumpção, do Itaú Securities, e Pedro Galdi, da SLW, que a Vale manteve sua estratégia de mineradora, privilegiando as áreas de minério e metais não ferrosos, que juntos responderam por 62% da relação de projetos anunciada. “Isto mostra que a estratégia da Vale não mudou”, diz Assumpção. Em relatório divulgado ontem, ele ressalta que da lista, 63% dos projetos serão executados no Brasil, percentual inferior aos 70% dos investimentos programados em 2009. “Isto mostra que não tem pressão política”, avalia Galdi. Os analistas recomendam compra para as ações da mineradora.


Já Rodrigo Ferraz e Pedro Montenegro, da Brascan Corretora, alertam para o que apontam como “crescente risco político” no tocante às operações da companhia no Brasil, ao considerarem que a pressão do governo federal sobre as diversas áreas operacionais da Vale “pode levá-la a adotar medidas que não estejam voltadas para a maximização do valor do acionista”. E citam “um maior conservadorismo” relacionado a demissões, corte de custos e investimentos, quando necessário; e entrada da companhia em projetos siderúrgicos que tenham retorno inferior aos projetos de mineração.


Os analistas da Fator Corretora, Rodrigo Fernandes e Luis Gustavo Nuin, fizeram coro com os analistas da Brascan. Em comentário sobre o novo capex da Vale eles realçam que “fica a preocupação de que uma parcela desses investimentos, principalmente no Brasil, tenha sido alocada no orçamento de 2010 para amenizar a pressão do governo federal, que se iniciou no começo deste ano, com a demissão de funcionários e corte nos investimentos para 2009”. E informam que o orçamento da Vale prevê desembolsos de R$ 192 milhões em 2010 para a área siderúrgica, com estudos de viabilidade para construir as usinas de Pecém (CE), o projeto de placas da siderúrgica de Ubu (ES) e implementação do projeto de Aços Laminado do Pará. O investimento total nesses projetos é de R$ 2,7 bilhões até 2013. O Fator recomenda manter as ações da Vale.


Assumpção gostou da lista de projetos por dois motivos. Mostra uma visão bem positiva da demanda de metais e minérios no futuro – a ser sustentada por emergentes e projetos de infraestrutura e habitação. Outro dado é que 77% dos negócios previstos são de crescimento orgânico – novos projetos ou projetos em andamentos – , o que reduz a probabilidade de aquisição pela Vale, que o mercado vê como um risco.


Galdi chama a atenção para o fato de que, com a crise econômica, várias mineradoras foram fragilizadas por uma estrutura de capital alavancada e tiveram que vender ativos. No caso da Vale, ele diz que toda programação de investimento foi mantida e isso será um diferencial para a empresa no médio prazo em relação às suas concorrentes internacionais.


Ferraz destaca que a mineradora pretende alcançar capacidade de produção, em 2014, de 450 milhões de toneladas de minério de ferro, 380 mil toneladas de níquel, 650 mil toneladas de cobre, 30 mil toneladas de carvão, 3,1 mil toneladas de potássio e 6,6 mil toneladas de rocha fosfática. Com isso estará preparada para enfrentar a demanda, que já tem levado analistas a preverem aumento de preço do minério em 2010, entre 10% a 20%.

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Fonte: Valor Econômico

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