Valor Econômico – O grupo CCR teve prejuízo de R$ 74,8 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 392,6 milhões que havia sido registrado no mesmo período do ano anterior.
O resultado negativo é fruto das quedas de movimentação provocadas pela pandemia, mas também por uma provisão de R$ 305,9 milhões, relacionada ao processo de devolução amigável da concessionária MSVia (que adminsitra a BR-163 no Mato Grosso do Sul), que está perto de ser assinado — ainda falta um decreto do presidente.
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Pelo acordo, a CCR deverá devolver o ativo para que o governo federal faça uma relicitação. O processo prevê o pagamento de uma indenização pelos bens reversíveis e não amortizados, mas outros valores entrarão na conta, como multas aplicadas ao longo da concessão, desequilíbrios contratuais, entre outros.
Se desconsiderado o impacto — que não é recorrente e não tem efeito no caixa — a companhia teria registrado lucro de R$ 176,1 milhões (considerando também a mesma base de ativos, sem as novas cobranças de pedágios iniciadas desde então).
No período, o grupo também registrou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,06 bilhão, uma queda de 29,1% em relação ao ano anterior.
A dívida líquida consolidada do grupo encerrou o trimestre em R$ 13,6 bilhões. A alavancagem ficou em 2,9 vezes da dívida líquida pelo Ebitda ajustado, contra uma taxa de 2,4 vezes no mesmo período de 2019.
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