Estadão – Apesar da redução da demanda na pandemia, o governo diz que a crise sanitária não vai tirar a atração dos investidores pelos leilões das 28 concessões na semana de infraestrutura.
Segundo a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, o potencial desses investimentos é de crescimento no longo prazo. “Cada um desses contratos são de 30 anos, 35 anos. A percepção é de que a crise de saúde é temporária quando comparada ao tempo desses contratos”, afirma Martha.
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As concessões que vão a leilão fazem parte da carteira do PPI. A secretária destaca a intermodalidade das concessões nos três dias de certames. “Nunca tivemos leilões em diversas áreas de forma tão próxima e com tanta relevância”, avalia Martha.
Ela admite que a pandemia dificultou a movimentação dos potenciais investidores em visitas in loco, mas foi possível avançar na estruturação dos projetos para colocar o leilão de pé com a validação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Já o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, afirma que as taxas de juros internacionais estão extremamente baixas, o que traz um excesso de liquidez de capital internacional procurando investimentos que tragam retorno.
“Temos tantas coisas a fazer que nossos projetos estão olhando a demanda reprimida”, diz Mac Cord. Segundo ele, o governo tem recebido muitos investimentos, independentemente da pandemia, e possui um bom histórico de cumprimento de contratos.
Na sua avaliação, o gargalo da produção de projetos para a concessão vem sendo superado junto com a reformulação dos marcos legais.
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