Mídia News – O governador Mauro Mendes (DEM) revelou que questões ambientais e “brigas de interesses” têm atrapalhado a execução o projeto da Ferrogrão.
A ferrovia vai ligar Sinop (a 503 km de Cuiabá) aos portos de Miritituba e Santarém, no Pará. O modal é uma das apostas para baixar os custos de escoamento da produção agropecuária do Estado.
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Mendes revelou que, no início de junho, foi a Brasília (DF) e jantou com o ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, de quem cobrou uma solução para o impasse sobre o projeto.
“Falamos da Ferrogrão, da sua importância competitiva. […] Ele relatou as dificuldades, houve uma paralisação por questões ambientais e muitos interesses em jogo na região de ‘cima’ de Mato Grosso, na chama saída do Arco Norte. Essas brigas de interesse estão atrapalhando”, afirmou o governador.
O governador não especificou quais seriam os interesses em jogo. No entanto, é sabido que o Ministério Público Federal tem resistência quanto ao projeto em razão de áreas indígenas afetadas.
Há ainda um embargo ambiental, em que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu em liminar a alteração de limites da Floresta Nacional do Jamanxim (PA) para a passagem dos trilhos.
Fico e Ferronorte
O governador ainda revelou que na conversa com o ministro ainda foi cobrada a solução para as outras duas ferrovias – a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que é concessão da Vale, e a Ferronorte, que é da empresa Rumo Logística.
“Falamos da Fico, e ele garantiu que nos próximos dias e meses estará dando a ordem de serviço para iniciar as obras. A ferrovia entraria ali na Região do Araguaia até Água Boa”, afirmou o governador.
A Fico ligará Mato Grosso à Ferrovia Norte-Sul. Concluída, abrirá uma nova alternativa logística para escoamento da produção do Centro-Oeste pelo Maranhão.
A ferrovia da Rumo, que por enquanto chega a Rondonópolis, tem grande defesa entre os produtores de Mato Grosso, uma vez que ela já existe e precisa apenas ser expandida para a região Norte passando por Cuiabá. Enquanto as outras duas são projetos ainda no papel.
“Eles estão tentando viabilizar uma solução e o Governo de Mato Grosso também está construindo uma solução interna para que talvez nós possamos lançar mão disso”, afirmou.
“Nós estamos construindo também uma solução para que possamos colaborar que esse projeto e possa ser colocado de pé ainda esse ano em Mato Grosso”, emendou.
O problema não é o indígena. A Rumo é poderosa e vai lutar com o que pode para manter o monopólio que tem nesta vasta região.
A judicialização de tudo, atrapalha o Brasil em tudo. É um absurdo a quantidade de terras nas mãos de meia dúzia de índios e o país precisando de mobilidade para a carga e assim desafogar as rodovias.