A Secretaria de Transportes Metropolitanos instalou 35 túneis de desinfecção em estações de trens e Metrô da cidade de São Paulo desde maio, apesar da Anvisa e o Conselho Federal de Química não recomendarem.
Segundo os órgãos, não há evidência científica da eficácia dessa medida contra o coronavírus e o produto usado pode causar danos à saúde.
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O produto usado é o digluconato de clorexidina 0,2% que, segundo o fabricante do túnel, elimina agentes infectantes e não causa efeitos colaterais. Mas o Conselho Federal de Química diz que há perigos em usar essa substância em pulverizadores.
O produto, embora ele possa ser aplicado como antisséptico para a pele, ele não pode ter contato com a mucusoa e com os olhos, já que ele apresenta um grande risco de infeccçã ocular podendo levar à cegueira, diz
Em maio, a Anvisa também divulgou uma nota técnica em que destaca que não existe, atualmente, produto aprovado para desinfecção de pessoas. E só recomenda a utilização desses produtos químicos sobre superfícies inanimadas.
A Associação Brasileira de Produtos das Indústrias de Produtos de Higiene e limpeza ainda afirma que, mesmo para a desinfecção de EPI’s e roupas, o produto precisa de um tempo maior do que o da passagem pela cabine.
No total, dez estações da CPTM e 17 do Metrô ganharam os túneis de desinfecção.
Em nota, a Neobrax, empresa responsável pelo túnel, reforça que ele é apenas uma das ferramentas no combate ao coronavírus, mas não dispensa as demais práticas recomendadas pelas organizações de saúde.
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