Diário do Transporte – O Governo do Estado de São Paulo apresentou aos prefeitos do ABC Paulista um projeto para recuperar a malha ferroviária da região.
O objetivo é desafogar o transporte rodoviário de cargas com a ativação de linhas regionais de trajeto curto e terminais intermodais.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
A apresentação foi feita pelo GT (Grupo de Trabalho) Ferrovias de São Paulo, iniciativa da Secretaria Estadual de Logística e Transportes que desenvolve um plano para reativação da malha ferroviária paulista.
A reunião foi no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, nesta terça-feira, 10 de maio de 2022.
O projeto foi tema de reunião do GT Mobilidade Urbana do Consórcio ABC, realizada na sede da entidade regional.
O assessor especial da secretaria estadual, Luiz Alberto Fioravante, coordenador do grupo criado pelo Governo do Estado, trouxe detalhes sobre as propostas.
Segundo a Secretaria, com a proposta, “será possível reduzir o custo do transporte, melhorar a competitividade da produção, oferecer novas alternativas de transportes aos usuários e operadores logísticos e diminuir custos, tempo de viagem e emissão de poluentes”.
Fioravante informou que o Governo do Estado pretende sensibilizar todos os prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo sobre a importância de otimizar a infraestrutura por meio da revitalização da malha ferroviária e do reforço ao transporte intermodal.
“Estamos planejando um evento para apresentar aos prefeitos da Região Metropolitana todos os projetos de multimodalidade e conectividade desenvolvidos pela Secretaria de Logística e Transportes, fomentando a discussão e colocando todos na mesma sintonia. O apoio do Consócio ABC é muito importante para essa iniciativa”, afirmou o assessor especial da secretaria estadual, em nota.
Só o Ferroanel que deveria ser construído paralelo ao Rodoanel, a complementar pelo Tramo Norte, que tem de longe o maior potencial de transporte, poderá resolver o problema. Hoje, dos cerca de 2,5 milhões de contêineres que chegam anualmente ao Porto de Santos, apenas uma quantidade irrelevante 100 mil é despachada por trem, um meio de transporte mais rápido e econômico do que os caminhões. Com o Ferroanel, estima-se que o volume que por ele circulará chegue acima de um milhão de contêineres. Os benefícios para os setores mais diretamente ligados a essa atividade – produtores e transportadores – e para a economia do País como um todo serão enormes.
Ganhará também a capital e o litoral paulista, dos quais deixarão de circular cerca de 5 mil caminhões por dia, um alívio considerável para seu trânsito sempre congestionado.
Há razões fundamentadas e comprovadas para que a construção Rodo Ferroviária concomitantemente é forma mais racional e econômica na ordem de 25% do que se forem construídos individualmente, pois são complementares, devem os responsáveis pelos governos federal e estadual a deixarem de lado divergências políticas. Já passou da hora para que eles aproveitarem a ocasião para demonstrar que são capazes de colocar o interesse público acima de suas ambições políticas.