Editorial

O transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil se encontra num corner. A elaboração de uma política pública para fomentar o transporte regional, em discussão no âmbito do Ministério da Infraestrutura, nos permite visualizar um ponto de luz no fim de um túnel que parecia não ter saída.

Trata-se de algo tão necessário e estratégico que finalmente está sendo gestado. O Transporte – enquanto locomoção, mobilidade de pessoas –, como bem nos lembra Sérgio Avelleda em sua coluna, tem na Constituição Brasileira o mesmo status de Saúde e Educação, mas não tem um modelo de financiamento público como o SUS ou o Fundeb.

A falta de uma política pública nacional que trate o assunto com a seriedade que ele merece, também contribui para a desorganização dos sistemas de transporte estaduais, municipais e metropolitanos existentes.

Exemplo clássico disso é o Rio de Janeiro, onde não há sequer um plano de integração entre modais; o custo financeiro é alto, recai sobre o usuário; e o tempo de deslocamento pode chegar às raias do absurdo. Precisamos de políticas públicas sérias que nos tirem dessa situação.



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