Valor Econômico – Com a escalada dos preços dos fertilizantes — que ganhou força depois das sanções a Belarus, no ano passado, e da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro —, os analistas do Rabobank calculam que os gastos dos produtores brasileiros de soja para a compra desses insumos deverão subir 86% na safra 2022/23 em relação ao ciclo 2021/22. No caso do milho, a alta média prevista é de 93%.
Mas, como as cotações desses grãos também estão próximas a máximas históricas nos mercados internacional e doméstico, o Rabobank indica que as margens operacionais dos produtores continuarão elevadas na próxima safra, que começará a ser semeada em agosto. Para produtores que depois da colheita de soja plantarem a safrinha de milho, a margem sobre os custos operacionais foi estimada em 56% para a soja e 55% para o milho.
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Em 2021/22, o banco estima que na soja a margem sobre os custos operacionais foi de 64%; na média das últimas cinco temporadas, os cálculos indicam 46%. No milho, em 2021/22 foram 56% e, no últimos cinco anos, 17%, em média. O Rabobank lembra que entre os custos operacionais considerados estão sementes, fertilizantes e defensivos, basicamente. Gastos com arrendamento e custos financeiros, por exemplo, não estão na conta.
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