A Crítica (MS) – Os bolivianos têm interesse em ampliar a relação de logística com Mato Grosso do Sul por meio da malha ferroviária. Na sexta-feira (29), o secretário de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck, esteve reunido com a equipe da Prefeitura de Corumbá, formada pelo secretário municipal de Planejamento Cassio Augusto da Costa Marques, e do secretário Luciano Leite, Gladys Cardona, subgerente de Logística internacional do CIN (Centro internacional de Negócios da Fiems) e dois diretores da Ferrovia Oriental: Angel Sandoval Salas- Gerente de Relaciones Externas´, e Gustavo Pinto, Gerente General de Puerto Continental, subsidiaria de Ferroviária Oriental.
A Ferrovia opera na Bolívia, a partir de Porto Quijarro até Santa Cruz de La Sierra. Hoje é a principal empresa de transportes ferroviários do país vizinho, que está operacional e faz o transporte de ureia.
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De acordo com Verruck, a principal discussão discorreu sobre os gargalos logísticos que existem hoje na fronteira. A empresa boliviana, segundo o secretário, poderia estar operando com maior volume de caminhões e vagões. “Por isso decidimos que vamos fazer discussões junto com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a prefeitura de Corumbá para melhorar e ampliar capacidade da área alfandegada para que possa agilizar a exportação e importação pela ferrovia”, salientou.
A diretoria da Ferrovia Oriental ainda demonstrou interesse em operar a Malha Oeste e fazer uma operação até Campo Grande. “A ideia é trazer estes produtos, diminuindo o fluxo de tráfego inclusive na BR-262, que é um grande gargalo, um problema hoje isso, que já foi apresentado no nosso diagnóstico de logística. Então eles têm interesse”, acrescentou o secretário.
Da mesma forma, Verruck lembrou que o Estado vai tentar criar um acordo operacional que tem que ser autorizado pela ANTT para que eles possam fazer a operação, entrando com os trens bolivianos ao Mato Grosso do Sul. “Hoje a Malha Oeste somente tem uma operação de transporte da empresa Arcelor de vergalhões. Então é a única operação no trilho por meio da Rumo até Bauru”, explicou.
Outro assunto em pauta foi o projeto da Transamericana, ferrovia saindo de Corumbá indo a Cochabamba no sentido da Argentina. “No encontro eles apresentaram estudo de quanto é viável hoje fazer essa operação, uma ferrovia Bioceânica, que foi um projeto que o Governo do Estado já tratou há muito tempo fazendo a operação de Bauru até Corumbá, Corumbá até Cochabamba descendo na Argentina. Tudo isso já tem os trilhos prontos, como é nosso caso. Mas precisamos de investimentos”, concluiu.
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