Metrô CPTM – Após a divulgação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha 19-Celeste, novas informações importantes sobre as estações do novo tramo metroviário foram reveladas. Continuando nossa série de matérias, dedicaremos este artigo para a futura estação Pari.
A estação Pari estará localizada em uma região de grande potencial comercial. Destacam-se a zona cerealista, o comércio especializado na rua do Gasômetro, a nova Feira da Madrugada e os pontos focados no setor têxtil. A área de influência ainda engloba o Mercado Municipal, o Mercado da Cantareira e a Rua 25 de Março.
POD NOS TRILHOS
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Outros pontos de destaque na região são:
• ETEC Carlos de Campos;
• Associação dos Moradores do Jardim Ana Rosa;
• Associação Beneficente Islâmica do Brasil;
• Associação do Bairro da Luz;
• Secretaria de Segurança Pública;
• Mercado Municipal de São Paulo;
• Museu Catavento Cultural;
• Pq. D. Pedro II;
• Terminal Pq. D. Pedro SPTRANS;
• Escola Estadual SP;
• Futuro SESC Brás
A estação poderá estar atrelada a projetos importantes relacionados a microacessibilidade dos pedestres em várias regiões do entorno que encontram grandes obstáculos como a Avenida do Estado, o rio Tamanduateí e a própria ferrovia. Isso poderá gerar ainda mais dinamismo econômico e social na região.
A estação Pari sofreu alterações em seu projeto funcional. O EIA/RIMA estabelece novas áreas para a implantação da nova parada que anteriormente seria construída ao norte da malha da CPTM.
O novo projeto estabelece que a estação terá seu corpo construído mais ao sul, especificamente no conjunto de prédios da Rua Mendes Caldeira. Ainda deverão ser construídos acessos ao norte da ferrovia, provendo a transposição entre os dois setores.
Três vias e estacionamento de trens
A área para a desapropriação da estação Pari é relativamente grande. Segundo o EIA, a proposta de local potencializa a construção do corpo da estação e do estacionamento de trens com capacidade de aproximadamente quatro composições que deverão ser construídos em uma única escavação.
A estação propriamente dita deverá ser composta por três vias e duas plataformas, num estilo bastante semelhante ao da estação São Mateus da linha 15-Prata. Porém, a estação deverá ter dois aparelhos de mudança de via (AMV) em “Y”, um para cada sentido.
A adoção desta solução possibilita a aplicação de estratégias operacionais, utilizando a via central como ponto de retorno. Em termos de demanda, a estação Pari tem potencial para ser uma das mais demandadas com cerca de 86 mil passageiros diários.
Segundo o projeto funcional, cerca de 92% da demanda da estação Pari será proveniente da integração com as linhas da CPTM. O EIA deixa claro que ainda não foi desenvolvido um projeto específico para a estação Pari de trens metropolitanos, mas que existem dois pontos possíveis para a nova parada, uma delas no Pátio do Pari e outra junto ao Moinho Matarazzo.
O projeto funcional indica que a estação deverá ser construída através do método Vala a Céu Aberto (VCA). A estação deverá ter aproximadamente 21 metros de profundidade.
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