InnoTrans joga luz sobre o papel da indústria ferroviária diante das mudanças climáticas
Qual é o futuro da mobilidade frente às mudanças climáticas no planeta? Na InnoTrans 2022, uma coisa ficou clara: a descarbonização no setor ferroviário é um caminho inexorável e está pautando as inovações da indústria mundo afora. O tamanho desse mercado justifica a investida milionária por parte das empresas fornecedoras: ao assumir um acordo para atingir a neutralidade nas emissões de carbono no bloco até 2050, a União Europeia vem buscando com afinco soluções de infraestrutura verde para balizar seus projetos. Tecnologias envolvendo hidrogênio, baterias e modelos híbridos ganharam espaço definitivo na ferrovia.
No evento, realizado na capital da Alemanha, Berlim, entre os dias 20 e 23 de setembro, o que mais se viu foram produtos com viés sustentável. Os trens movidos a hidrogênio não são exatamente uma novidade no setor – foram apresentados pela primeira vez ao público pela Alstom, na edição de 2016 da InnoTrans. O modelo Coradia iLint, inclusive, já está em operação comercial na Alemanha. A diferença para este ano é a evolução da tecnologia e a diversificação de fornecedores. Dezenas de empresas de grande porte do setor ferroviário apresentaram seus modelos, a exemplo da Siemens, Hyundai-Rotem, Pesa e Stadler, que ampliaram seus portfólios com trens, VLTs e locomotivas movidas a hidrogênio. Wabtec e Progress Rail vêm apostando com força nos modelos híbridos a bateria. Na edição deste ano, 137.394 visitantes de 131 países puderam conferir essas inovações por meio de 2.834 expositores, vindos de 56 diferentes nações.
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