Valor Econômico – O setor mineral deve apresentar em 2023 um desempenho de produção e vendas similar ao que foi registrado no ano passado, mantendo estabilidade ou uma pequena variação em relação a 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Em 2022, o setor mineral registrou uma produção de 1,05 bilhão de toneladas, em queda de 12% em relação ao ano anterior. As vendas alcançaram R$ 250 bilhões, com queda de 26% ante 2021.
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O desempenho negativo do ano passado deveu-se em grande parte à menor demanda por minério de ferro pela China e à queda de 25% no preço médio da commodity.
Julio Nery, diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do Ibram, disse que a demanda por minério de ferro na China, destino de 68,9% dos embarques brasileiros de minério de ferro, deve ficar estável neste ano em relação a 2022. “É claro que qualquer fator de mudança na China terá efeito no mercado”, afirmou Nery.
O Ibram estima para o ano preço médio do minério de ferro entre US$ 90 e US$ 110 por tonelada. Para as próximas semanas, no entanto, a expectativa é que a commodity seja comercializada em torno de US$ 120 por tonelada.
Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, acrescentou que há uma perspectiva de economia mais fraca em todo o mundo, além de uma inflação persistente. “Não sabemos ainda se vai ser uma recessão branda ou se vai ser agravada”, disse Jungmann.
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