Valor Econômico – Após tomar posse, o novo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), defendeu nesta quarta-feira (13) que privatização é um tema que implica uma posição unificada do governo e, por isso, irá trabalhar contra a privatização do Porto de Santos, principal complexo portuário brasileiro. Apesar disso, Costa Filho disse que irá conversar com o setor produtivo sobre o assunto.
A defesa de Costa Filho vai na contramão de uma promessa de campanha do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é seu companheiro de partido. “O porto de Santos, o nosso desejo é de trabalhar pela não privatização. Mas vamos dialogar com o setor produtivo. Decisão portuária de privatização é decisão de governo. Vou ligar para o [Anderson] Pomini [diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos] para já a partir de amanhã ou sexta-feira fazermos uma reunião sobre o porto de santos”, afirmou.
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Costa Filho assume o ministério no lugar de Márcio França, deslocado para a nova pasta do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. As nomeações foram publicadas na edição desta quarta do Diário Oficial da União.
O novo titular de Portos e Aeroportos também disse que vai começar a trabalhar pela redução nos preços das passagens aéreas. Ele deve se reunir ainda nesta quarta, por exemplo, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), para discutir, por exemplo, o preço do querosene de aviação no país. “Hoje à noite já temos uma reunião com o ministro de Minas e Energia, com o ministro do Turismo, para trabalhar ao lado as companhias aéreas para buscar uma redução no preço da passagem. Não é um desafio fácil, esse é um problema mundial hoje o custo das passagens.”
Por fim, o ministro demonstrou estar alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e endossou o argumento de que é preciso reduzir as taxas de juro no Brasil. “Vamos perseguir a redução da taxa de juros do Banco Central. Tudo isso dialoga com a agenda econômica do Brasil que passa pela infraestrutura de transportes, pela agenda de PPPs, de concessões, e Portos e Aeroportos é uma agenda estratégica para o país”, acrescentou.
“Precisamos mais do que nunca colocar na ordem do dia a agenda portuária e aeroportuária. A partir de hoje vamos ligar para todos os 27 governadores, falaremos com todos os prefeitos e prefeitas de capitais. Nosso gabinete, sob orientação do presidente Lula, estará à disposição das mais de 5 mil prefeitas e prefeitos do Brasil. Nosso papel, como deputado federal e agora como ministro é buscar o diálogo institucional entre o Executivo e o Parlamento brasileiro, para que, de maneira colaborativa, de maneira propositiva, a gente possa avançar na agenda econômica do Brasil.”
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