Metrô CPTM – A ViaMobilidade, concessionária das Linhas 8 e 9 de trens metropolitanos, e a Alstom, fabricante dos trens da Série 8900, se posicionaram após a divulgação de um vídeo que mostra inconsistência de fabricação e que foi registrada na cabine de um dos novos trens.
A composição em questão, de registro A05, é parte da encomenda de 36 novos trens para a ViaMobilidade, um dos investimentos mais robustos do contrato de concessão das linhas 8 e 9. No vídeo se vê dois botões na cabine com função invertida.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Diante da repercussão nas redes sociais sobre os problemas que os novos trens apresentaram, ambas as empresas, Alstom e ViaMobilidade, emitiram notas para esclarecer e reforçar os procedimentos de segurança.
A Alstom, que está fabricando os 36 trens da série 8900 na sua planta em Taubaté, ressalta que a composição A05 passa por testes. O foco é garantir o funcionamento adequado dos componentes em termos de operação, conforto e segurança.
A fabricante ainda afirma que os trens só passam a operar com passageiros após 100% dos itens estarem em conformidade. Confira na íntegra a nota da empresa:
“A Alstom esclarece que o trem A05 ainda está em fase de testes, com objetivo de verificar todos os itens referentes ao seu funcionamento adequado, incluindo questões operacionais, itens de conforto e, principalmente, segurança. A companhia ressalta que todas as composições entregues aos seus clientes passam por um processo intenso de provas, desde a fábrica até o pátio do cliente, tendo sua verificação final e liberação para operação apenas quando todos os quesitos técnicos e de segurança forem cumpridos. As composições passam a atender os usuários somente após 100% de conformidade.”
A ViaMobilidade tem posicionamento semelhante. A concessionária afirma que o trem A05 passa por bateria intensa de testes antes de ser liberado para operação comercial, o que deve ocorrer em novembro.
O site também questionou sobre o atraso nas demais composições, tema que também foi levantado na matéria sobre os problemas na composição A05. A concessionária afirma que os impactos na cadeia de suprimentos global afetaram o cronograma.
A frota operacional das linhas 8 e 9 deverá ser mantida até que os novos trens possam ser entregues. Esta é uma estratégia que deverá evitar impactos ao passageiro.
Por fim, a concessionária afirma que está cumprindo todos os requisitos do contrato de concessão e que deverá devolver para a CPTM as composições emprestadas com todas as revisões obrigatórias realizadas. Confira o posicionamento da concessionária na íntegra:
“O trem A05, assim como todas as composições adquiridas, passa por intensa bateria de testes operacionais, incluindo a verificação de todos os aspectos de segurança, antes de entrar em circulação. O início da operação do A05 está previsto para o mês de novembro.
A ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos de São Paulo, já conta com três novos trens em circulação e dois em fase de testes. Produzidas pela fabricante Alstom, as 36 novas composições da série 8900 adquiridas pela ViaMobilidade fazem parte de um pacote de investimentos de R$ 4 bilhões para os três primeiros anos de concessão, em um contrato válido por 30 anos.
Em relação aos demais trens contratados, a empresa tem ciência do atraso na entrega pela fabricante em razão de dificuldades enfrentadas pela falta de componentes que afetou o mercado brasileiro e mundial de forma geral. Para manter a qualidade na prestação do serviço de transporte, de forma a não trazer impactos aos clientes, a quantidade de trens na frota das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda será mantida até a entrega das novas composições.
A ViaMobilidade cumpre todos os requisitos previstos no contrato de concessão. A concessionária reforça também que mantém o compromisso de atuar na reforma completa dos trens que serão devolvidos ao poder concedente, conforme previsto em contrato.“
Seja o primeiro a comentar