Exame – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta terça-feira, 19, que era inevitável realizar o reajuste nas tarifas do Metrô e da CPTM. Na última semana, a administração estadual anunciou que os preços das passagens dos transportes sobre trilhos vai passar de R$ 4,40 para R$ 5.
“Era necessário para manter o serviço funcionando. São três anos sem reajuste com uma inflação no período de 28% e estamos repassando menos da metade com esse reajuste”, disse em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
O chefe do Executivo paulista disse que outras medidas, como plano de demissão voluntária e exploração de recursos não tarifários, também são exploradas para manter a saúde financeira das companhias, mas que a tarifa ainda é um recurso importante.
“Percebemos que já iríamos colocar mais de R$ 4 bilhões em subsídios e esse dinheiro precisaria sair de algum lugar”, afirmou.
Transporte público ou saúde?
Tarcísio argumentou ainda que a medida foi necessária para outros projetos em benefício da população, como a tabela SUS paulista, que visa reduzir filas em hospitais.
“Ou vamos bancar a tabela SUS paulista ou vou subsidiar o transporte público. Escolhemos a saúde”, acrescentou.
O último aumento das passagens de trem e metrô no estado ocorreu em 2020, em conjunto com o reajuste da tarifa dos ônibus.
A prefeitura da capital já anunciou que não vai aumentar a passagem dos ônibus da cidade. Na última semana, inclusive, a gestão de Ricardo Nunes passou a adotar a tarifa zero nos ônibus aos domingos.
Seja o primeiro a comentar