A Rumo prevê alguma volatilidade no comércio global de grãos em 2020, segundo o presidente da companhia, Beto Abreu. “Para 2020, existe incertezas com relação à demanda internacional de grãos. No entanto, acreditamos no crescimento da demanda mundial”, afirmou o executivo, que abriu a teleconferência de resultados da empresa sobre os resultados do quarto trimestre de 2019.
De outubro a dezembro de 2019, a operadora logística registrou lucro líquido de R$ 203 milhões, crescimento de 47,6% na comparação com o mesmo período do calendário anterior. A receita líquida da companhia avançou 1,1% no período, para R$ 1,66 bilhão, ante os últimos três meses de 2018.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 897 milhões, alta de 13,6% em relação ao mesmo período de 2018. Operacionalmente, a companhia registrou crescimento de 0,4% no volume transportado, para 14,997 bilhões de tonelada por quilômetro útil (TKU).
Apesar da receita e do volume transportado praticamente em linha com o ano anterior, o lucro líquido foi beneficiado por reversão para resultados positivos nas linhas de imposto de renda e de receitas operacionais, que compensaram o crescimento da despesa financeira líquida e o impacto da aquisição da concessão da Malha Central.
Em 2019 como um todo,, o lucro líquido subiu 187,9%, para R$ 786 milhões. A receita líquida cresceu 7,6%, para R$ 7,09 bilhões. O Ebitda avançou 11,8%, para R$ 3,83 bilhões. O volume transportado pela companhia cresceu 6,6% no intervalo, para 60,1 bilhões de TKU. O investimento ficou em linha com o de 2018, em R$ 2,02 bilhões.
Questionado por analistas de mercado sobre o impacto do coronavírus na movimentação de carga da Rumo, o diretor de relações com investidores da companhia, Ricardo Lewin, afirma que até o momento não se notou nenhum efeito.
Segundo ele, há uma diferença em relação aos volumes exportados neste início do ano, em comparação com 2019, mas que essa diferença não tem a ver com o coronavírus, e que as exportações de grãos no ano passado foram antecipadas.
“Então é bastante difícil dizer se terá impacto no nosso ano. E o mesmo se relaciona ao acordo comercial entre EUA e China, ainda está pouco claro, não sentimos nenhum efeito até o momento”, afirmou.
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