Pelo menos quatro estações de metrô de Fortaleza serão alimentadas por placas solares para geração de energia elétrica. A ordem de serviço para aquisição, montagem e instalação de placas fotovoltaicas foi assinado no dia 6 de fevereiro. O investimento será de R$ 1,6 milhão, com recursos do Tesouro Estadual e da Caixa Econômica Federal a partir do projeto executado pelo Consórcio Solar-For.
O sistema será instalado na linha azul do metrô, nas estações Juscelino Kubitschek (JK) e Padre Cícero. Serão instaladas 650 placas solares na estação JK e outras 325 na estação Padre Cícero. A expectativa é de que a quantidade de energia solar produzida nas duas estações venha suprir a demanda elétrica de pelo menos quatro estações da Linha Sul.
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O prazo da execução do projeto é de pelo menos um ano, seis meses para instalação e mais seis meses para a operação assistida, funcionando como fase de testes em que serão feitos os ajustes necessários.
A ideia é que a energia excedente produzida pelas placas solares das estações seja transferida para a rede de distribuição da Capital. Na sequência, esse excedente é revertido para o Metrô em forma de crédito em produção elétrica. Assim, a empresa poderá obter compensações nas contas de energia, representando uma economia na operação.
Segundo o presidente do Metrofor, Fernando Oliveira, a iniciativa deverá ser ampliada. “Já pensamos em outros locais para implantação das placas solares e estamos analisando não só outras estações, mas também espaços como o Centro de Manutenções Vila das Flores e o edifício-sede da empresa, no Centro”, afirma.
Fortaleza está investindo forte em energia solar. No final de 2019, a Câmara de Fortaleza aprovou o projeto de lei para empresa privada gerir energia solar de escolas e unidades de saúde.
O projeto de lei prevê Parceria Público Privada (PPP) para “implantação, gestão, operação e manutenção da geração de energia solar” nas escolas e unidades de saúde pública do estado. A ideia é utilizar energia limpa, contribuindo para a questão ambiental e direcionando melhor a capacidade de investimento da Prefeitura.
Com essa concessão, a prefeitura pretende economizar 10% do custo atual de energia elétrica. O valor da economia com o sistema em escolas e unidades de saúde pode chegar a R$ 2,8 milhões, sem contar que a administração pública não terá mais os custos de manutenção da rede elétrica.
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