Na última quinta-feira (24/1), em uma reunião entre o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, o ministro conselheiro, da Embaixada da República Popular da China, Qu Yuhuie e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, as grandes corporações chinesas da área de infraestrutura, deixaram claro que vão investir pesado nos leilões de concessão que o governo brasileiro está preparando.
Depois da forte investida em projetos do setor elétrico brasileiro, como por exemplo, os investimentos nas obras do Comperj, o foco dos chineses agora deverá ser os diversos projetos no segmento dos transportes. Yuhui, declarou que, mesmo com este novo foco dos chineses, assumir novas participações no setor de energia elétrica (geração, transmissão e distribuição) não estão descartadas.
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Impasse sendo resolvido
Após um princípio de desentendimento entre as declarações do presidente Jair Bolsonaro, logo após ser eleito, que teria dito que o Brasil não ficaria na mão dos chineses, se referindo claramente a investida chinesa no setor elétrico, fato que o preocupava como presidente eleito por ser uma área estratégica, aparentemente o impasse foi superado e não chegou a afetar as obras do Comperj.
Yuhui declarou ainda que o governo chinês e as estatais do país não tem a pretensão de ocupar a dominância no mercado brasileiro, mesmo com o atual volume de investimentos feitos nos projetos no país, eles não correspondem em nenhum deles uma participação majoritária.
Segundo um boletim do ministério do planejamento de 2018, os projetos de investimentos chineses no Brasil desde 2003 totalizavam U$ 70,4 Bilhões, portanto uma declaração chinesa de que eles darão atenção especial aos leilões de concessão da infraestrutura é algo para não se duvidar.
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