O governador do Distrito Federal afirmou nesta quarta-feira (18/12/2019) não haver outra solução para manter e melhorar os serviços do Metrô do Distrito Federal a não ser transferir a gestão para a iniciativa privada. De acordo com o chefe do Executivo local, a Companhia do Metropolitano precisa de um aporte de R$ 4 bilhões, dinheiro indisponível no caixa do GDF.
“Nós temos uma determinação em fazer a concessão e não temos condições de fazer o investimento necessário. É um investimento da ordem de R$ 4 bilhões e o DF não tem esse recurso”, explicou.
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Ainda de acordo com o 01 do Palácio do Buriti, insistir no atual modelo seria “enxugar gelo”. “Pensam que estamos fazendo isso porque quero fazer, mas estou fazendo porque é necessário. Não podemos continuar enxugando gelo. O Metrô foi entregue este ano para nós completamente sucateado”, finalizou Ibaneis, durante o lançamento da Pedra Fundamental do Museu da Bíblia, no Eixo Monumental, próximo à Rodoferroviária.
Ibaneis abordou o tema em função das sucessivas falhas apresentadas no modal. Na manhã desta quarta-feira (18/12/2019), passageiros enfrentaram transtornos pelo terceiro dia consecutivo. Houve restrição de velocidade entre as estações 108 Sul e Asa Sul. O problema é um defeito de sinalização que ocorre desde segunda (16/12/2019).
De acordo com a Companhia do Metropolitano, a manutenção continua atuando para solucionar o problema, “que pode ser corrigido a qualquer momento, mas ainda não há previsão”.
Estudo de viabilidade
Em junho deste ano, o GDF deu mais um passo rumo à privatização do Metrô-DF com a autorização formal para que se iniciem estudos de viabilidade para concessão de gestão, operação e manutenção do modal. O termo é assinado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade e, nessa fase, 11 empresas participam das análises preliminares da possível parceria público-privada (PPP).
Reajuste dos servidores
Durante o evento na Rodoferroviária, Ibaneis também falou sobre a terceira parcela do reajuste dos servidores públicos do DF. O aumento foi autorizado ainda na gestão do petista Agnelo Queiroz (PT), mas até hoje não foi pago.
“Vou reunir a comissão e estou aguardando a publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal. Vou dar reajuste, sim, no ano que vem. Já quero no início do ano começar a reunir as categorias e ver a melhor maneira. Na área da educação e saúde, temos uma carência muito grande e precisamos segurar os profissionais. Por isso, temos de acrescentar um pouco mais nessas remunerações”, prometeu.
Em compasso de espera para o fim do ano, o governador espera um 2020 mais próspero para os cofres da administração local. Ao comentar o orçamento aprovado pela Câmara Legislativa para 2020, disse esperar um ano de mais investimentos e obras.
“Ele [orçamento] está mais adequado à nossa realidade e que foi estudado por vários profissionais. Temos certeza que, com esses recursos, mais as emendas federais e o que nós vamos buscar de financiamento internacional no BID e em outros organismos, vamos conseguir fazer um 2020 com muitas obras no DF.”
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