O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou, na última quinta-feira (18/7), que as obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) estão indo bem e a concessão para a iniciativa privada deve ser feita no início de 2020. Ele participou da transmissão semanal pela internet feita pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Deve ser concessionada no início de 2020, mas as obras vão ter continuidade com recursos garantidos pelo governo federal”, disse o ministro, ao lado do presidente.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Segundo o Ministério da Infraestrutura, o trecho conhecido como Fiol 1 está 76% realizado. São 537 quilômetros entre Ilheus (BA) e Caetité (BA). O Fiol 2, entre Caetité e Barreiras (BA), totalizando 485 quilômetros, a proporção já construída é de 34% do total. Nessas duas partes da ferrovia, o investimento é calculado em R$ 6,4 bilhões.
Estão previstos também outros 505 quilômetros de estradas de ferro entre Barreiras e Figueirópolis (TO) o Fiol 3, em fase de revisão de estudos e projetos. A expectativa é de que, quando concluída, a obra beneficie os exportadores de minério de ferro da região sul da Bahia e de grãos do oeste do Estado e sudeste de Tocantins.
O plano de concessão do governo federal inclui apenas o trecho Fiol 1. O Ministério da Infraestrutura informou que o processo está na fase final de audiências públicas na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para posterior envio da documentação ao Tribunal de Contas da União (TCU).
BR-163
Durante a transmissão, Freitas falou também sobre as obras de pavimentação da rodovia BR-163, importante via de escoamento da safra de grãos do Centro-oeste para o Norte do Brasil. O ministro informou que, até agosto, deve estar concluído o asfaltamento de 20 quilômetros da estrada. O trabalho tem sido feito pelo 8º e 9º Batalhões de Engenharia do Exército (BEC).
“A obra está andando. Agosto fecha 20 quilômetros, Miritituba até o fim do ano. Vai ser importante para o setor produtivo”, disse o ministro da Infraestrutura. Ele acrescentou que, como o trabalho tem sido tocado pelos militares, o custo está menor. Mas não detalhou a diferença de valor para uma empreiteira privada.
O presidente Jair Bolsonaro disse apenas que a diária para a um soldado que está trabalhando na rodovia corresponde a 2% do soldo, o equivalente a R$ 25. Afirmou também que pretende visitar as obras, conversar com os militares e “ouvir deles algumas reclamações, algo que pode ser melhorado”.
A BR-163 começou a ser construída há cerca de quatro décadas. Nos últimos anos, com a grande movimentação da safra de grãos, especialmente pelo trecho entre Mato Grosso e Pará, a rodovia teve períodos de longos congestionamentos de caminhões, por conta, principalmente, da falta de pavimentação.
“Vai ser concluída agora e nunca mais veremos aquelas filas de 50 quilômetros, prejudicando o produtor no escoamento da safra”, garantiu Bolsonaro.
O presidente afirmou ainda que a ordem é concluir todas as obras paradas em governos anteriores. Segundo ele, são cerca de 14 mil no Brasil. “Nossa intenção é concluir as obras e, se possível, não iniciar novas para não ter mais o desperdício que tem no Brasil”, disse.
Seja o primeiro a comentar