O agronegócio brasileiro segue bastante confiante nas políticas públicas voltadas ao setor, apurou pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em conjunto com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
A pesquisa “Avaliação de Políticas Públicas para o Agronegócio” entrevistou, em setembro, 645 produtores rurais para apurar a tendência referente ao terceiro trimestre do ano. Deste universo, 65% deles – um recorde da série histórica – disseram “concordar ou concordar plenamente” que “o governo brasileiro valoriza o setor agropecuário”.
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No trimestre anterior, 61% haviam respondido desta forma. O pior desempenho da série histórica, que se iniciou no primeiro trimestre de 2014, ocorreu no primeiro trimestre de 2015, quando apenas 4% diziam que o governo valorizava o setor. Em nota, a Fiesp e OCB informam que, desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro, esse indicador vem subindo.
Outro recorde de aprovação foi apurado na avaliação que o setor agropecuário faz do empenho do governo brasileiro em investir em infraestrutura e logística, como portos, rodovias e ferrovias para o escoamento da safra e da produção agropecuária. Nesta questão, 61% dos entrevistados concordaram ou concordaram plenamente que o governo está empenhado em investir nesses segmentos, ante 45% do trimestre – e do recorde – anterior, referente ao segundo trimestre de 2019, representando um salto de 16 pontos porcentuais. “A série história orbitava entre 3% e 11% até o terceiro trimestre do ano passado”, dizem Fiesp e OCB.
As entidades lembram que estão em curso obras importantes, como a pavimentação da BR-163 entre o norte de Mato Grosso e o Porto de Miritituba (PA) e a concessão de terminais portuários e de um trecho de 1,5 mil quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. “Este é um forte indicativo de que o governo está em linha com os anseios do setor e empreende a importância do agronegócio para a economia e para a sociedade”, diz o presidente da OCB, Marcio Lopes de Freitas.
Um indicador que caiu em relação ao levantamento do segundo trimestre de 2019, mas continua alto em relação à série histórica, é o relativo à questão: “O Brasil está empenhado em investir na infraestrutura rural, como energia, telefone, internet e celular?” Dos 645 produtores agropecuários entrevistados, 38% avaliaram que sim, queda de dois pontos porcentuais ante o trimestre imediatamente anterior e igual nível em relação ao primeiro trimestre de 2019.
A aprovação, entretanto, continua bem acima da média histórica, que oscilou, desde o primeiro trimestre de 2014, entre 9% (no pior trimestre – o segundo de 2017) e 26% no segundo trimestre de 2014. Ao avaliar os resultados da pesquisa e o otimismo do setor agropecuário em relação ao atual governo, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, observou que “o elevado nível de confiança deve se traduzir em mais investimentos, que contribuirão com a tão esperada retomada do crescimento da economia e com a geração de empregos”.
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