Altamiro Borges, presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog)
O dia 6 de junho, em que se celebra pela primeira vez o Dia da Logística no Brasil (e que, não por coincidência, também se comemora o `Dia D`, o desembarque maciço de tropas aliadas na França que mudou o destino da 2ª Guerra Mundial e a fundação da Associação Brasileira de Logística) é excelente momento para se fazer análise da situação, sob muitos aspectos precária, que o setor passa no momento. Apesar de inegáveis avanços, a logística ainda é entrave à competitividade das empresas e do próprio País.
Exemplo é o resultado de pesquisa recente do Centro de Estudos em Logística do Coppead/UFRJ mostrando que as despesas com logística alcançaram cerca de 17% do PIB. Como conseqüência, o impacto da logística no custo final dos produtos vendidos no Brasil atinge 7,2%, contra 4% nos EUA.
Uma das principais causas dessa defasagem, que contribui para que o saldo da nossa balança comercial não seja ainda maior, é a falta de coordenação dos investimentos e infra-estrutura logística. Governos, órgãos públicos, empresas privadas e estatais e concessionárias realizam investimentos de forma independente, procurando resolver problemas pontuais e regionais. Ao invés de se buscar a complementaridade e integração entre os modais (ferroviário, hidroviário, rodoviário, marítimo e aéreo), busca-se a competição entre eles, prejudicando a todos. Vemos assim transportadoras competindo com companhias aéreas, o Porto de Santos competindo com o de São Sebastião e estes com Paranaguá. Da mesma forma, cidades e estados competem entre si para atrair o capital privado, investindo na construção de rodovias, rodoanéis, aeroportos, hidrovias e ferrovias, sem maiores preocupações em relação ao custo-benefício das obras e com a integração e complementação com projetos de outros municípios e estados.
Essa situação descoordenada, acrescida da falta de regulamentação clara por parte do governo federal, são motivos pelos quais as Parcerias Público-Privadas (PPP) sejam vistas com desconfiança por empresas e organismos internacionais. Com razão: afinal, como garantir retorno do investimento em projetos de milhões de dólares que se encontram isolados de outros projetos de milhões de dólares que deveriam ser complementares?
É para reverter esse quadro que a Aslog, como representante dos profissionais de logística no Brasil, defende que o Dia da Logística marque o início de uma campanha, por parte da indústria, varejo, agronegócio, transportadores, operadores logísticos e universidades, para a criação de um Plano Diretor de Logística para o Brasil. Sob responsabilidade de um órgão público federal, o Plano Diretor seria elaborado por representantes de ministérios, secretarias estaduais, municipais e iniciativa privada com objetivo de coordenar investimentos e projetos logísticos em função das prioridades nacionais. Isso significa substituir a competição pela colaboração, integração e complementação da estrutura logística dos estados, cidades e empresas.
Nos moldes de iniciativas que defendem redução de impostos e taxas de juros, organizações e órgãos públicos cuja produtividade, eficiência e competitividade dependam da logística precisam mostrar para a opinião pública os prejuízos causados pela falta de uma política nacional para o setor. E, por outro lado, os benefícios que esse plano diretor traria não só para as empresas mas para a sociedade como um todo, por meio do aumento da produção, preços mais competitivos e mais empregos. Esperamos que o Dia da Logística represente também o `Dia D` para a competitividade do Brasil.
É urgente um plano de logística para o Brasil
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