Projeto da CFN prejudica Estado

O projeto da Nova Transnordestina da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) – que pretende ligar o município de Eliseu Martins (PI), aos portos de Pecém (CE) e Suape – foi duramente criticado, ontem, pelo superintendente estadual do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Arnaldo Novaes. Ele disse que a proposta provoca “maior impacto ambiental e maiores custos financeiros” e mais: que “Pernambuco fica totalmente prejudicado” pelo novo projeto.

Novaes disse que, entre os dias 27 e 30 de abril, percorreu os municípios de Petrolina, Salgueiro e Crato (CE), realizando audiências públicas como última etapa do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) de dois trechos ferroviários descartados pelo projeto da Nova Transnordestina da CFN. “Se serão feitas mudanças, têm que ser debatidas com a sociedade”, defendeu. Um dos ramais previstos no projeto de autoria do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit) liga Petrolina a Salgueiro, possibilitando ligação no futuro com a hidrovia do rio São Francisco e com a ferrovia Juazeiro-Salvador, na Bahia. O outro ramal liga Araripina e Salgueiro. O encontro dos dois ramais será em Parnamirim. Em Salgueiro está a bifurcação para levar a ferrovia a Pecém, passando pelo município cearense de Missão Velha e, por outro lado, no traçado atual Recife-Salgueiro, desemboca no Porto de Suape. O estudo custou aproximadamente R$ 1 milhão ao governo Federal.

O superintendente do Ibama disse estranhar o fato de o governo do Estado “estar apoiando um projeto (da CFN) onde os maiores benefícios serão para o Ceará”, aceitando a desativação do ramal entre Salgueiro e Suape, para ser refeito em outro traçado. “No nosso entendimento Pernambuco fica totalmente prejudicado. Se a proposta da CFN for adiante, serviremos apenas de passagem para um projeto cearense e aí não se pode falar em Transnordestina”, declarou.

Novaes reagiu ao fato de se abandonar o atual traçado Salgueiro-Recife passando pelo Sertão do Pajeú. “Se um dos argumentos é a bitola métrica, que se faça a mudança para bitola larga (1,6 metros) na hora de reformar”, propôs. Para o Ibama, aproveitar o atual leito da ferrovia provoca menor impacto ao meio ambiente. Para João Arnaldo, se por um lado a CFN “quer retorno imediato para os investimentos”, por outro, o governo Federal pensa num projeto “que traga desenvolvimento econômico aliado ao social”, que está definido no projeto do Dnit, “o órgão decisor”.

“A diferença é que a CFN tem uma concessão de uso de malha ferroviária. Não é a dona da ferrovia. Quando recebeu a malha, tinha o compromisso de recuperá-la. Se eles acham que isso não é viável, que devolvam a concessão”, provocou. Novaes disse que deposita “todas as expectativas no governo do presidente Lula, que vai financiar a obra”. O próprio presidente deverá anunciar o projeto da ferrovia nas próximas semanas.

Reação – A secretária de Desenvolvimento Urbano do Estado, Terezinha Nunes, estranhou as críticas. Afirmou que o novo traçado foi anunciado “ano passado” e disse que o governo está atento a tudo o que acontece, além de considerar o projeto da CFN benéfico para o Estado. “O outro projeto não tinha viabilidade econômica”.

Já o diretor Administrativo Financeiro da CFN, Jorge Melo, disse que o projeto da Nova Transnordestina ainda não foi submetido ao Ibama, porque esta é a última fase do processo. “Não há nenhum conflito com o Ibama”, garantiu.

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Fonte: Jornal do Commercio – PE

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