Não é de hoje que a volta à ativa do transporte ferroviário permeia o sonho das populações que vivem nas cidades da região metropolitana da Salvador (RMS). Conhecida por ser um sistema prático, barato, seguro e ambientalmente limpo, as ferrovias poderiam ser uma alternativa para o transporte de passageiros em pelo menos seis cidades: Simões Filho, Camaçari, Mata de São João, Catu, Pojuca e Alagoinhas.
Para isso, basta que o governo federal invista na recuperação dos 112 km de malha que corta essas cidades e hoje está praticamente desativada. A aplicação da lei de privatização também é um passo importante, já que boa parte dos trilhos são utilizados por empresas privadas para o transporte de carga. A legislação determina que as ferrovias devem ser utilizadas, pelo menos duas vezes ao dia, para o transporte de passageiros e que a dona da concessão deve autorizar seu uso para este fim.
Os trens regionais – segundo um estudo realizado pelo professor da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ) e diretor de planejamento da Companhia Brasileira de Trens Urbanos(CBTU), Raul de Bone – são viáveis em trechos de até 200 km que cortem pelo menos uma cidade com população igual ou superior a cem mil habitantes. `Aqui, em um trecho bem menor, temos 500 mil habitantes. Além disso, a malha já existe e só precisa ser restaurada, recebendo investimentos para segurança e adequação ao transporte de passageiros`, afirma o presidente do Movimento Trem de Ferro/Ver de Trem, Gilson Vieira.
Segundo ele, para que o projeto saia do papel, o que reativaria um trecho responsável pelo terceiro maior adensamento urbano do Brasil, é necessário uma grande mobilização política e social. `Algumas coisas já estão sendo discutidas, como a ativação do trecho que liga Salvador a Mapele, situada 7km depois de Paripe. A reativação do trecho de Mapele/Salvador beneficiaria sete mil pessoas e já está sendo discutida pelas empresas com a mediação da promotoria de Simões Filho`, acrescenta Gilson Vieira.
A idéia é que o governo obrigue a Vale do Rio Doce a cumprir seu contrato de concessão e recupere a malha que lhe foi entregue. A CBTU já afirmou ter interesse em operar o trecho, quando foi convidada para participar da audiência em que o tema foi discutido. `Reafirmamos nosso interesse de operá-lo. Mas, para isso, são necessários investimentos que só a FCA ou o governo federal podem fazer. Esse é um trecho que não poderia ter sido abandonado, porque a concessão não permitia`, explica o superintendente da CBTU, Pedro Rocha.
Segundo Pedro Rocha, não existem grandes problemas para a reativação das linhas. `Operar até Alagoinhas é uma vontade, mas não existem projetos. Para isso, precisamos também estudar o convívio do tráfego de carga com o de passageiros, mas essa também é uma questão simples`, explica. A Bahia possui dois mil quilômetros de malha ferroviária e, no entanto, opera apenas 13,2km para o transporte de passageiros. Mas a quinta ferrovia brasileira está sucateada em grande parte por conta de contratos de concessão mal feitos. `É isso que pretendemos mudar e que discurtiremos durante o seminário que acontecerá esta semana em Salvador`.
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Encontro vai discutir viabilidade do sistema
O Seminário Nacional de Preservação Ferroviária acontecerá a partir de quinta-feira, na Estação da Calçada, em Salvador. Segue até o sábado e terá o estudo de viabilidade dos trens regionais dentre os temas apresentados. `Sabemos que esse é um estudo referente ao Sul do país, mas queremos mostrar que ele pode ser aplicado na Bahia também, já que temos sérios problemas com as rodovias e, como no resto do país, o alto preço da gasolina torna o uso de ônibus e veículos particulares cada vez mais caro`, explica Gilson.
O encontro é coordenado pela Associação dos Engenheiros e Quadros Técnicos Ferroviários do Leste Brasileiro (AELB), em parceria com o Movimento Ver de Trem e o Grupo Ecológico Germem. Já foi realizado em s
Trens regionais podem ser solução em Salvador
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