Esforço pela volta do Trem do Sertão

Pequenas comunidades do Norte de Minas sonham com o retorno do trem de passageiros, que fazia a ligação entre Montes Claros e Monte Azul. Numa iniciativa para promover a volta do chamado Trem do Sertão, o professor Alberto Bouchardet vai fazer uma viagem a pé, num percurso de 270 quilômetros, pelos trilhos da estrada de ferro, entre Espinosa e Montes Claros. “A idéia é chamar a atenção para os projetos de retorno dos trens de passageiros no Brasil, que estão parados por falta de vontade política”, afirma.

Ele sairá de Espinosa – a 712 quilômetros de Belo Horizonte, no extremo Norte do Estado, amanhã, às 7h, acompanhado de 16 pessoas, entre estudantes, profissionais liberais e líderes comunitários. A chegada a Montes Claros está prevista para 4 de setembro, dia em que serão completados nove anos da última viagem do Trem do Sertão.

“Outras pessoas queriam fazer a viagem. Mas, por questão de segurança, tivemos que limitar o número de participantes”, diz o professor, que é diretor-regional da organização não-governamental (ONG) Amigos do Trem. Ele vai percorrer o caminho do trem pela segunda vez. Em setembro do ano passado, viajou de Montes Claros a Monte Azul, num percurso de 239 quilômetros. “Dessa vez, vamos partir de Espinosa, porque a idéia é que o trem de passageiros volte a funcionar, chegando até aquela cidade”, diz.

O professor afirma que os pequenos municípios e localidades situados ao longo da ferrovia tiveram grandes prejuízos com o fim do transporte de passageiros. “As comunidades à beira da ferrovia tinham grande movimento. Mas depois que o trem parou de funcionar, ficaram isoladas”, diz Bouchardet. Entre as cidades mais prejudicadas ele cita Pai Pedro – a 631 quilômetros de BH –, e Catuti – a 665 quilômetros da capital. Outra localidade que praticamente parou com o fim do transporte ferroviário de passageiros foi Tocandira, no município de Porteirinha.

AUDIÊNCIAS

Além de mobilizar as comunidades em defesa da volta do trem de passageiros, o professor vai aproveitar a viagem para verificar as condições dos trilhos. “Sei que estarei fazendo um esforço sobrehumano para quem tem 45 anos e não pratica esportes. Mas farei esse sacrifício para que os moradores percebam que não podem ficar parados, esperando o trem voltar. As comunidades precisam se mobilizar e cobrar das autoridades a volta dos trens de passageiros”, diz.

De acordo com Bouchardet, durante audiências públicas promovidas em vários municípios do Norte mineiro, no primeiro semestre deste ano, um representante do Ministério dos Transportes prometeu que seria feito um estudo de viabilidade técnica e econômica do retorno do transporte de passageiros pela ferrovia. “Agora, o ministério alega falta de verba para fazer o estudo. Por isso, é importante a cobrança por parte das comunidades”, diz. Segundo Bouchardet, o estudo de viabilidade vai indicar se o trem terá predominância turística ou se será destinado ao transporte de passageiros.

O Ministério do Transportes informou que tem um projeto para reativaçao do transporte ferroviário de passageiros não somente em Minas, mas em todo o País. Porém, ainda “não há nada definitivo” sobre a questão. Ainda de acordo com o ministério, a maioria das linhas ferroviárias foi terceirizada e, para a volta dos trens, será necessário um acordo com as concessionárias.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Estado de Minas

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*