Malha da antiga São Paulo Railway, hoje MRS. À esquerda, vila Operária de Raiz da Serra (SP) e do lado oposto depósito de locomotivas de Piassagüera. No plano de fundo, o terreno onde a Cosipa seria construída, na década de 50.
No próximo sábado, dia 20 de agosto, será lançado no Museu do Imigrante o livro “SPR Memórias de uma Inglesa” (editora Clanel Artes Gráficas, R$ 90). A obra conta a história da São Paulo Railway, ferrovia que foi fundamental para o desenvolvimento do estado paulista. Os autores Moysés Lavander Jr. e Paulo Augusto Mendes são funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). `Outros profissionais já abordaram a trajetória da SPR, mas sua história nunca foi contada por ferroviários`, diz Lavander. “Nós resolvemos privilegiar algo que outras publicações não primaram tanto: a exatidão do modus operandi da SP Railway.`
Em seis capítulos, “SPR Memórias de uma Inglesa” descreve cronologicamente relevantes fatos sobre a ferrovia, como os 90 anos da concessão aos ingleses — motivo pelo qual ficou conhecida como `Inglesa` —, a ruína do Barão de Mauá, a dramática construção das linhas na Serra do Mar, as obras de duplicação, a evolução das locomotivas, as Oficinas da Lapa, o fim da concessão aos ingleses em 1946 e o nascimento da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Hoje, a concessão federal da ferrovia se divide entre a CPTM e a MRS Logística.
Um dos episódios curiosos contados no livro é o fato de que a `Inglesa` também teve papel decisivo na difusão do futebol do país. Charles Miller, considerado o homem que trouxe o esporte para o Brasil, foi funcionário da SPR e `jogava bola` com outros ferroviários. A primeira partida oficial de futebol ocorrida em solo brasileiro foi em 1885: SP Railway 4 x 2 Companhia de Gás.
O Memorial do Imigrante fica na Rua Visconde Parnaíba 1318, na Mooca, na capital paulista.
Presidente Prudente e comitiva inspecionam as linhas valendo-se de uma locomotiva classe L com um banco montado a frente da caixa de fumaça.
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