Entrevista com Barry T. Ulrich, presidente da Ferrolease
A tendência de concentração dos investimentos das concessionárias nos projetos de via permanente, em detrimento da aplicação de recursos na compra de vagões e locomotivas, deverá impulsionar o mercado de aluguel de vagões no Brasil. A análise é do presidente da Ferrolease, Barry T. Ulrich, para quem pelo menos 80% da demanda anual será negociada dentro dessa modalidade nos próximos anos.
“Como as frotas das ferrovias estão no limite da capacidade, essa expansão se dará de alguma forma através do acréscimo de vagões e locomotivas. Hoje, a frota brasileira é de quase 77 mil vagões mil, se confirmado um índice de crescimento de 10% ao ano, teremos um aumento da ordem de sete mil unidades. É um numero expressivo e as empresas de locação e leasing têm a possibilidade de responder por grande parte desses vagões.”
Na sua avaliação, porém, o desenvolvimento do mercado de leasing no Brasil depende ainda da resolução de “alguns problemas como os gargalos logísticos nos portos, a atualização da via permanente”. Segundo ele, “uma vez solucionadas estas questões, o Brasil poderia ter uma frota de 100 mil vagões”. No âmbito da regulamentação, o presidente defende a maior definição das regras e a adoção pelo governo de medidas de incentivo ao investimento no mercado de vagões, a exemplo do que foi feito nos EUA.
“A questão é que existem vários impedimentos de caráter comercial, de caráter legal. Vários problemas que devem ser resolvidos. Por exemplo, na questão dos financiamentos, o investidor deve ter a segurança de que não deverá arcar com débitos excepcionais no que diz respeito aos custos e garantias. Por outro lado, o governo brasileiro deveria oferecer incentivos para a compra de equipamento ferroviário pelo investidor e também resolver a questão da regulação, tornando as regras claras, de forma a aumentar a segurança do investidor”, disse ele.
A Ferrolease oficializou em junho passado sua associação com a Boni/GATX, através da qual incorporou a sua frota 18 vagões do tipo tanque, com capacidade para 60 m3, sendo cinco deles em bitola larga e 13 em bitola estreita — a frota total hoje é de 118 vagões. A empresa prevê investimentos de R$ 1 bilhão na aquisição de quatro mil vagões e 300 locomotivas nos próximos cinco anos.
RF — O que foi feito nos EUA para estimular a aplicação de recursos pelos fundos de investimento no mercado de vagões?
Barry T. Ulrich — O governo americano incentivou a compra de vagões através de grupos de investidores formados por profissionais liberais. Esses investidores aplicaram seus recursos adquirindo cotas de empresas de leasing que compravam os vagões e os alugavam, gerando assim a remuneração do investimento. O estímulo veio através da permissão para que o investidor se apropriasse do valor da depreciação do equipamento. Como a depreciação é um valor que as empresas usam para reduzir sua base de cálculo do imposto de renda, houve a transferência do benefício da empresa de aluguel para os investidores finais.
RF — Qual é a participação dos fundos no segmento de leasing?
Ulrich — Atualmente estão em operação no mercado americano algo em torno de 1.000 empresas. Algumas com um, dois, três, quatro vagões, até companhia com mais de 1.000 vagões. Os fundos de investimento respondem por um terço desse volume. Dois terços são de empresas que entraram no mercado para investir, como a GE, a GATX, MRC. Quer dizer, dois terços se referem a operações de empresas focadas especificamente no negócio e um terço veio através dos fundos de investimento.
RF — Como é a sua percepção sobre o potencial do mercado brasileiro para esse negócio?
Ulrich — A tendência de as concessionárias concentrarem seus investimentos na via permanente, em detrimento da aplicação de recursos na compra de vagões e locomotivas, deverá
Perspectivas para o leasing
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