A edição de hoje do Wall Street Journal diz que a Companhia Vale do Rio Doce(CVRD)está fazendo inimigos no mercado com uma velocidade cada vez maior, por utilizar seu grande porte para aumentar os custos das siderúrgicas e englobando as ferrovias que as produtoras de aço precisam para exportar seus produtos.
O WSJ lembra que alguns dos clientes processm a Vale e recorrem a autoridades anti-truste para limitar o poder de mercado da companhia. `A batalha ressalta o delicado equilíbrio entre os interesses que os países em desenvolvimento que tentam fomentar as empresas multinacionais locais`, diz o jornal, que acrescenta que a Vale ameaça, com seu crescimento explosivo, desequilibrar o terreno doméstico, em detrimento de outras empresas.
A `Vale é um estado paralelo depredador`, afirmou ao WSJ o produtor de longotes Ronaro Corrêa, que está deixando suas atividades de lado porque não consegue comprar o minério de ferro de que precisa. As siderúrgicas brasileiras, que dependem da Vale, dizem que estão sendo fustigadas para aceitarem as drásticas elevações de preços da empresa, que comprou quase todas as suas rivais nacionais nos últimos anos.
A Vale sustenta que esta escala é essencial para que a empresa permaneça em situação equiparável com seus rivais e clientes internacionais. Três companhias, segundo o jornal norte-americano (Vale, BHP Billiton e Rio Tinto) produzem 74% do comércio marítimo mundia de minério de ferro.
Fonte: Agência Leia(CMA)/ Guilherme Monsanto
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