Brasil Ferrovias recorre ao leasing

A Nova Brasil Ferrovias, holding que controla o corredor de bitola larga formado por Ferroban e Ferronorte, espera fechar a curto prazo uma operação de leasing, envolvendo bancos e clientes da ferrovia, para comprar 1,15 mil vagões e 90 locomotivas usadas em um negócio estimado em cerca de R$ 400 milhões. O primeiro contrato de leasing para a compra de vagões deverá ser assinado em outubro, prevê Elias Nigri, presidente da companhia.

O executivo avaliou que o modelo em elaboração ampliará o ingresso de recursos na Brasil Ferrovias, sem aumentar o endividamento da empresa, que concluiu em maio profunda reestruturação societária com aporte de capital de R$ 1 bilhão pelo BNDES e pelos sócios da holding – Previ, Funcef, Laif e JP Morgan. A partir da conclusão deste processo, que se estendeu por quase dois anos, abriu-se a possibilidade de ampliar os volumes transportados pelas duas via e pela Novoeste, também ligada ao grupo controlador da Brasil Ferrovias, com investimentos estimados em R$ 2,4 bilhões até 2009.

Nigri disse que o leasing é uma maneira de assegurar a expansão do transporte de cargas a curto prazo. A expectativa, segundo ele, é que a Brasil Ferrovias movimente 20 milhões de toneladas em 2006, volume 33% maior do que os 15 milhões de toneladas estimados para este ano. “O leasing é um modelo de sucesso no setor ferroviário no mundo. Nos EUA, apenas um terço da frota é de propriedade das concessionárias”, comparou.

Também conhecido por arrendamento mercantil, o leasing é um contrato pelo qual uma empresa cede a outra, por um período fixo, o direito de usar e obter rendimentos com bens de sua propriedade.

No caso da Brasil Ferrovias, o modelo em fase final de consolidação prevê que os investidores interessados no negócio (grandes bancos e até mesmo fundos de investimento) constituam uma Sociedades de Propósito Específico (SPE) que se encarregaria de comprar os vagões e locomotivas, alugando-os para os clientes da ferrovia, como companhias de esmagamento de soja e de produção de álcool.

O aluguel do equipamento será respaldado por contrato de longo prazo, com duração de cinco a dez anos, entre os clientes e a ferrovia. Nigri disse que a Brasil Ferrovias já fez operações de leasing de vagões diretamente com clientes em contratos que incluem cláusulas de “take or pay” com a ferrovia. Por essa cláusula, a concessionária tem a obrigação de transportar o produto da empresa que investiu no vagão. Esta, por sua vez, fica obrigada a dispor da carga para a ferrovia.

Neste modelo, a holding fez acordos com Bunge, ADM e Copersucar, entre outras, citou Nigri. A novidade, agora, é o interesse dos bancos no negócio. Para Nigri, a tendência de redução da taxa de juros no país e o reerguimento do setor ferroviário de cargas no país, tornam interessante o investimento em empresas como a Brasil Ferrovias. “Percebemos que as instituições financeiras querem participar do financiamento e da expansão das ferrovias. Quando o investidor olha para a ferrovia como investimento atrativo, este é um sinal da consolidação do setor no cenário nacional”, salientou. Ele previu que a empresa passe a operar com lucro a partir de 2007.

Segundo apurou o Valor, os três grandes bancos do país – Bradesco, Itaú e Unibanco – estão envolvidos na negociação.

Ele acrescentou que todos os vagões a serem incorporados à frota via leasing serão fabricados no país e se destinarão ao corredor de bitola larga (Ferronorte e Ferroban). O aumento da demanda por carga na Novoeste será atendido com a reforma de vagões em poder da Brasil Ferrovias. Com a reestruturação, a Novoeste foi cindida da Brasil Ferrovias passando a fazer parte de outra holding, a Novoeste Brasil, responsável pela operação do corredor em bitola estreita da antiga Novoeste e de trecho da Ferroban, indo até o porto de Santos.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Valor Econômico

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*