Locomotiva acelerada

O setor de transporte ferroviário atravessa excelente fase no Brasil. Desde 1996, quando o governo federal começou a transferir para a iniciativa privada a administração de 28.445 km de ferrovias, os investimentos e a quantidade de carga transportada não param de crescer. Segundo dados da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), entidade que reúne oito concessionárias, no ano passado circularam pelas estradas de ferro brasileiras pouco mais de 200 bilhões de toneladas por quilômetro útil (medida utilizada pelo setor), contra os 130 bilhões registrados em 1997.

As encomendas de vagões e locomotivas têm acompanhado a retomada do segmento. Em 1996, os seis vagões fabricados no Brasil foram exportados para Gana, na África. No ano passado, as 4.553 unidades produzidas ficaram por aqui mesmo e, este ano, mais sete mil vagões passarão a integrar a frota nacional. Até 2010, a ANTF estima que mais de 100 mil vagões vão estar em operação. O número de locomotivas também é crescente: eram 1.350 em 1999, hoje são 2.225.

A maior parte dos investimentos foi feita pelo setor privado. Desde 1996, as oito concessionárias injetaram R$ 6,3 bilhões na recuperação de trilhos, vagões, locomotivas e sinalização. No mesmo período, o governo desembolsou R$ 500 milhões. Para este ano, os investimentos oficiais não devem passar dos R$ 106 milhões, contra R$ 2,1 bilhões da iniciativa privada. Hoje, 25% de tudo o que é transportado no país circula por ferrovias, com custo cerca de 18% mais baixo do que por rodovia.

O setor, porém, poderia garantir ainda mais poupança ao transporte nacional. Levantamento da ANTF mostra que a falta de opções provoca perdas anuais de R$ 2,5 bilhões. Estimativas citadas pela entidade apontam necessidade de investimentos de R$ 11,3 bilhões até 2008 para o segmento acompanhar o ritmo da economia. “Se esse montante de recursos for disponibilizado, poderemos aumentar em 57% a oferta de transporte ferroviário e reduzir em R$ 11 bilhões os custos para o país”, diz Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da ANTF.

A Associação estima chegar em 2012 com 34,5 mil km de ferrovias em utilização. Para isso, o governo precisa implementar o Programa de Expansão da Malha Ferroviária, com investimentos previstos de R$ 9,4 bilhões. Sem dinheiro disponível, aposta-se nas Parcerias Público-Privadas (PPPs) para levantar os recursos necessários para manter o ritmo de expansão. Das 23 principais obras previstas nas parcerias, nove são da área de ferrovia.

O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos, reconhece que o Brasil vive um boom ferroviário e que o país teria uma economia anual de US$ 2,5 bilhões se ferrovias e hidrovias tivessem maior participação na matriz de transportes nacional. Pelas estimativas do governo, uma presença maior só deve acontecer num prazo entre 10 e 15 anos.

Gargalos

Além da falta de recursos oficiais para garantir o crescimento do setor, o transporte ferroviário enfrenta dificuldades com populações ao longo das linhas férreas. O termo técnico é invasão da faixa de domínio. Por lei, não pode haver qualquer tipo de construção numa área entre 7,5 e 12,5 metros de cada lado da linha. Em todo o Brasil, cerca de 200 mil famílias vivem em 824 áreas de invasão. Além do risco de acidentes fatais, as empresas enfrentam prejuízos com a ocupação irregular. A velocidade média de um trem cai de 37 km por hora para 5 km por hora nas áreas urbanas. Em determinadas localidades, a redução permite o roubo de cargas. Algumas empresas simplesmente deixaram de usar o trem para transportar alimentos. Neste caso, só o governo federal pode atuar, pois a solução exige a transferência dessas comunidades para outras áreas.

Das 11 mil passagens em nível (quando uma rodovia cruza uma linha de trem) espalhadas pelo país, cerca de 1,2 mil foram consideradas críticas pela ANTF. Em muitas falta sinalização adequada ou há r

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Fonte: Correio Braziliense

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