O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, realiza na próxima semana uma série de apresentações públicas do estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira para implantação do Trem Rápido Campinas-São Paulo.
A primeira delas será na segunda-feira (dia 24), na Câmara dos Vereadores de Campinas, às 15 horas; no dia seguinte (25), na Assembléia Legislativa de São Paulo, às 14h30min; e no dia 28 (sexta-feira), na cidade de Jundiaí, em local e horários ainda não definidos.
Elaborado pelas empresas Ineco e Setepla e financiado pelo governo espanhol — que doou, a custo perdido, o equivalente a R$ 1 milhão —, o estudo analisa as condições técnicas e financeira do projeto de implantação de uma ligação ferroviária de cerca de 100 km entre Campinas e São Paulo, passando por Jundiaí e chegando até a Estação Barra Funda.
Conforme o estudo, o tempo de viagem no trajeto ficaria em torno de 50 minutos, sendo que a velocidade máxima seria de 160 km/hora. A tarifa sugerida seria de R$ 13,00 e, inicialmente, o intervalo médio entre os trens seria de 10 minutos, podendo cair para sete.
O custo estimado para a implantação do Trem Rápido é de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões referentes às obras de infra-estrutura (incluindo desapropriações, construção de vias, viadutos, pontes, passagens, túneis etc.) e R$ 700 milhões para a compra de trens.
A exemplo do que vem sendo feito na Linha 4, a intenção do governo de São Paulo, é recorrer às PPPs por meio do modelo de concessão administrativa. Também neste caso a compra dos trens ficaria sob a responsabilidade da iniciativa privada, por meio da criação de uma SPE, que assumiria a operação do Trem Rápido por um período de 30 anos. A previsão de retorno para o concessionário é de uma taxa de cerca de 15,5%.
No ano passado a Revista Ferroviária organizou o seminário Trem de Aeroporto, onde o diretor da Ineco no Brasil detalhou o projeto de Campinas. Sua palestra pode ser vista em https://revistaferroviaria.com.br/Trem_Aeroporto/index.asp
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