A indústria ferroviária do Brasil deverá produzir neste ano aproximadamente 9 mil vagões, o dobro de 2004, segundo estimativas da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários). Em número de vagões produzidos, é o melhor desempenho desde os anos 1970, época do milagre econômico.
Segundo estatísticas do Simefre (Sindicato da Indústria Ferroviária), poucas vezes o setor superou a marca de 4 mil unidades. A última vez foi em 1976. O diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), José Alexandre Resende, informa que já tem contabilizados cerca de 8 mil vagões para 2006.
O cálculo do ano que vem inclui principalmente encomendas da Companhia Vale do Rio Doce, América Latina Logística e MRS Logística. A Brasil Ferrovias está concluindo seu processo de reestruturação, e também deve entrar com seus pedidos. Trata-se de uma boa notícia para a principal fabricante do setor, a Amsted-Maxion, do grupo Iochpe-Maxion.
Mas a recuperação alcança outras empresas que se interessaram por investir na área de equipamentos ferroviários. São companhias ligadas ao transporte e à área siderúrgica, como Randon, Metalmec, Fundição Tupy e Usimec (do grupo Usiminas), entre outras. A Randon deve produzir neste ano cerca de mil vagões.
Segundo a ANTT, em 2002 foram produzidos apenas 294 vagões; no ano seguinte já foram 2.028. Em 2004, graças às encomendas da Vale do Rio Doce, a produção foi de 4.502 vagões.
Fonte: Diário do Grande ABC
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