O primeiro bonde de Salvador, inaugurado em 1866, era puxado a burro. Só 21 anos depois, a cidade desfrutaria maravilhada o bonde elétrico, facilidade que, até então, o Brasil só conhecia na capital federal, o Rio de Janeiro. O curioso é que a luz elétrica, de fato, só chegaria às ruas e casas em 1903. Novidades como essa e o impacto que causaram na vida dos soteropolitanos são o foco do livro 50 Anos de urbanização – Salvador da Bahia no século XIX, da historiadora baiana Consuelo Novais Sampaio, que tem lançamento amanhã, às 19h, na sede da Odebrecht (Paralela).
Transporte coletivo (bonde, plano inclinado), abastecimento de água, saneamento e iluminação transformaram a vida da cidade. Não sem um preço, já que a modernização acontecia em meio ao regime escravista, à pobreza de parte da população e às muitas insatisfações existentes. “Ao elegermos o processo de urbanização de Salvador como tema de estudo, buscamos conferir-lhe uma dinâmica que ultrapassa análises estatísticas. Pensamos uma Salvador em movimento constante, com seus ruídos, ruas fedorentas, interesses em conflito, mas sempre buscando e reclamando melhores condições de vida”, afirma a autora. (…)
Fonte: Correio da Bahia
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