Com a permissão da ANTT para flexibilizar o seu capital societário, a CFN já planeja aplicar, a curto prazo, uma parcela dos R$ 250 milhões depositados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em fevereiro do próximo ano, a empresa retomará a concorrência para restaurar a linha Recife-Propriá (SE), ramal que liga o Nordeste à região Sudeste do País. O projeto, estimado em R$ 100 milhões, já dispõe de futuros clientes de peso, como a Votorantim, a Odebrecht, a Gerdau e a Rodhia.
“Em menos de um ano, ela voltará a operar”, destacou o diretor Jorge Mello. Com 600 quilômetros de extensão, o trecho Recife-Propriá não integra a Transnordestina, mas é parte fundamental da malha ferroviária do Nordeste. No conjunto das cargas que devem ser transportadas por essa rota constam produtos químicos, de metalmecânica, cimento e cana-de-açúcar.
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Com relação à retirada do trecho Petrolina – Salgueiro do projeto original, a secretária Terezinha Nunes chegou a confirmar, na semana passada, que o Governo do Estado pode vir a custear a construção do ramal. Para isso, montaria uma sociedade com outro investidor privado. Questionado sobre a possibilidade de contemplar o pólo de fruticultura do Vale do São Francisco com uma linha ferroviária saindo de Petrolina, o governador Jarbas não descartou a idéia. “O traçado anterior era antieconômico, mas cabe a Pernambuco encontrar uma solução para minimizar esse problema”.
O chefe do Executivo reforçou que 22 municípios do Estado serão contemplados com o novo percurso, o que deve dobrar o PIB das cidades dentro de dez anos. Jorge Mello, por sua vez, alegou que a aproximação da Transnordestina até Petrolina encareceria o projeto original em cerca de US$ 1 milhão por quilômetro, tirando a competitividade do transporte ferroviário para os fruticultores.
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