Ferrovias devem receber R$ 1,8 bi em 2006

Os investimentos em ferrovias, em 2006, estarão apoiados mais em iniciativas privadas para ampliar a capacidade de carga e aumentar a eficiência do transporte do que em grandes projetos de infra-estrutura. É o que indica a carteira de projetos do departamento de logística do BNDES. O levantamento prevê investimentos de R$ 1,8 bilhão no setor ferroviário no ano que vem com a maior parte dos recursos voltada para a compra de vagões, locomotivas e reformas de vias. Não estão previstos desembolsos para empreendimentos aguardados com expectativa como a implantação da ferrovia Norte-Sul e do anel ferroviário de São Paulo.

A construção da Nova Transnordestina, outra grande obra ferroviária ainda em compasso de espera, poderá receber investimentos já em 2006. Mas a tendência é de que seja apenas uma pequena parcela dos R$ 400 milhões que o BNDES se dispõe a financiar. `O banco está disposto a financiar todos os projetos que forem viáveis mas há decisões que estão fora de nossa governabilidade`, diz Rômulo Martins, chefe do departamento de transportes e logística da área de infra-estrutura do BNDES.

O calendário eleitoral de 2006 impõe dificuldade extra ao banco de fomento no apoio aos grandes projetos estruturantes do setor ferroviário: o BNDES só pode contratar financiamentos junto ao setor público, para realização de obras novas, até abril do ano que vem. Em um horizonte de dois anos, 2006-2007, a carteira ferroviária do BNDES soma quase R$ 5 bilhões em investimentos a serem feitos por empresas privadas com o apoio do banco de fomento. Em 2007 seriam mais R$ 3,1 bilhões.

`Os valores representam a disposição do BNDES de participar dos investimentos no setor`, diz Martins. Ele reconhece que há empresas que costumam fazer seus investimentos em ferrovias sem passar pelo banco. Em outros casos, o BNDES tem papel importante. A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), futura sócia da Nova Transnordestina, tem plano de investimento de R$ 185 milhões, dos quais R$ 144 milhões financiados pelo BNDES. Da parcela do banco, apenas R$ 60 milhões serão desembolsados em 2005. O resto será em 2006. Já a América Latina Logística (ALL) conta com linha de crédito de R$ 110 milhões do BNDES, mas só deverá utilizá-la em 2006.

`Além desta linha, estamos entrando no BNDES com novo projeto para investimentos a partir de 2006`, diz Carlos Augusto Moreira, gerente financeiro da ALL. Ele afirmou que a empresa prevê investir cerca de R$ 250 milhões no ano que vem e mais R$ 300 milhões a R$ 350 milhões entre 2007 e 2008 em tecnologia, reformas de vagões e de vias permanentes. A ALL também pretende continuar as parcerias com clientes, como Bunge e Cargill, na compra de vagões.

Os acordos entre as ferrovias e os clientes na aquisição e reforma de vagões e locomotivas surgiram após a privatização do setor no país. Foi nesse momento que as concessionárias investiram pesado na reforma da via, como forma de expandir a capacidade de carga para atender o crescimento da demanda e assegurar maior eficiência em segmentos exportadores como o agronegócio.

`Buscamos maior eficiência e uma operação segura`, diz César Borges de Sousa, vice-presidente da Caramuru Alimentos. A Caramuru está investindo cerca de R$ 30 milhões na compra de 300 vagões e 10 locomotivas, dos quais 103 vagões e cinco locomotivas já estão em operação. O restante do investimento será feito em 2006 e 2007. Na primeira fase, a Caramuru investiu R$ 9,3 milhões e o BNDES financiou mais R$ 6,1 milhões. Sousa informou que o equipamento é usado em acordo com a Ferroban para escoar soja até o porto de Santos. Em 2005, a Caramuru deve transportar 450 mil toneladas de grãos, via ferroviária, até Santos, volume que deverá crescer 33% em 2006.

A Cargill foi uma das primeiras empresas a fechar parceria com uma ferrovia. O primeiro acordo foi em 1999 com a ALL e envolveu a compra de 24 vagões. Ricardo Nascimbeni, gerente de logística do complexo soja da Cargill, diz que

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Fonte: Valor Online

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