Manifestantes foram até o BNDES nesta quinta-feira, dia 10, no Rio de Janeiro protestar contra a liberação dos recursos destinados à conclusão das obras do Metrô Rio, principalmente as da estação Cantagalo em Copacabana, avaliadas em R$ 300 milhões. Eles aproveitaram a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, que pediu diretamente à Secretaria doTesouro Nacional esclarecimentos sobre os motivos pelo qual ainda não aprovou a renegociação do acordo entre o BNDES e o governo estadual.
O chefe de Gabinete da Presidência do BNDES, Elvio Gaspar, explicou que o Banco continua empenhado em retomar os desembolsos, mas não pode realizá-lo enquanto não receber autorização da Secretaria do Tesouro Nacional.
Acompanhado de dois superintendentes do Banco, José Roberto Fiorêncio (Operações Indiretas) e Mariane Sussekind (Área Jurídica), Gaspar informou aos manifestantes a realização de uma nova reunião entre os representantes do BNDES e da Secretaria para discutir o caso do Metrô e tentar superar os obstáculos para a aprovação do novo contrato.
Os superintendentes explicaram que o BNDES não havia sido citado na ação que era apenas contra a União e não obrigou a Secretaria do Tesouro Nacional a aprovar o novo contrato entre o Banco e o governo estadual.
De acordo com Alexandre Farah, presidente da Rio Trilhos o único impedimento para a liberação das verbas já foi resolvido. O STF concedeu liminar determinando que o Estado do Rio de Janeiro seja retirado da lista de inadimplentes, o que possibilitaria ao BNDES a retomada da liberação dos recursos.
A Manifestação foi organizada pela “Juventude do PMDB”. A representante da ala, Clarissa Matheus afirmou que o BNDES chegou a liberar dez parcelas do financiamento na gestão anterior e depois suspendeu os desembolsos. Mariane Sussenkind esclareceu que esses pagamentos referem-se a contratos anteriores. Gaspar ainda lembrou que a liberação das verbas referentes ao novo contrato só pode ser efetuada a partir da assinatura do mesmo, fato que ainda não aconteceu.
Depois da reunião com os manifestantes, Elvio Gaspar se colocou a disposição dos integrantes da comissão para informa-los sobre os resultados da reunião de sesta-feira e para conversarem sobre uma solução para a retomada das liberações do Metrô.
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