Trens novos para a CPTM

O governo de São Paulo vai encomendar 12 trens novos para trafegar na Linha C da CPTM. O investimento será de R$ 200 milhões e a fabricação dos TUEs ficará a cargo do consórcio Cofesbra — Consórcio Ferroviário Espanha-Brasil — liderado pela CAF com a participação da Alstom e da Bombardier. A formalização do contrato será feita no próximo dia 8 pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que anunciou a encomenda na abertura do seminário `A retomada e a ampliação do setor ferroviário` no CIESP — Centro das Indústrias de São Paulo — na terça feira passada. No dia 8 será apresentado um mock-up do TUE, fabricado pela Alstom

O prazo de entrega das primeiras unidades é de 14 meses após a assinatura do contrato e os novos trens (formado por quatro carros) vão substituir seis  TUEs espanhóis usados da série 2.100 reformados pela CAF. Hoje a Linha C conta também com 10 trens novos da série 3.000 importados da Alemanha e fabricados pela Siemens. 

Os primeiros 30 trens Cofesbra da CPTM chegaram ao Brasil em 2000 e foram fabricados quase que inteiramente na Europa. Mas para estes 12 o índice de nacionalização deverá ser maior. A chegada dos trens novos possibilitará a redução do tempo de percurso na Linha C de 47 para 35 minutos e a redução do headway de sete minutos para cinco minutos.

A compra dos novos TUEs faz parte do projeto de expansão da linha C, que inclui a construção de três novas estações: Autódromo, Interlagos e Grajaú (com integração ao terminal de ônibus Grajaú); mais 8,5 km de via dupla. Tudo isso para atender a nova demanda gerada pela futura Linha 4 do Metrô, que cruza com a Linha C. A integração será na Estação Pinheiro e, no caso da Linha C, a demanda crescerá de 82 mil passageiros/dia para 127 mil.

Ainda no seminário do CIESP, Geraldo Alckmin anunciou a publicação, esta semana, no Diário Oficial de SP, de decreto diferindo o pagamento do ICMS para peças e componentes usados na fabricação de vagões dentro de São Paulo. Explicou que `em vez de pagar o imposto na compra das peças o fabricante do vagão paga de uma vez só na venda do produto final`.

Fonte: Folha de São Paulo