Ferrovias turísticas mesclam ecologia e cultura

Na contramão do desmantelamento do transporte ferroviário de passageiros no país nas últimas duas décadas, o setor de trens turísticos experimenta verdadeiro boom nos últimos anos, pegando carona nas atrações ecológicas e culturais do Brasil. A partir das boas experiências de antigas e conhecidas linhas — como a do Corcovado (RJ) e a da Inconfidência (São João Del Rey-Tiradentes/MG) — as concessionárias da malha ferroviária nacional hoje operam mais de 19 linhas turísticas, que no ano passado transportaram 1,8 milhão de pessoas, rendendo R$ 100 milhões apenas com a venda de passagens.
A expectativa do presidente da Associação Brasileira dos Operadores de Trens Turísticos e Culturais (Abottc), Sávio Neves, é que eles transportem em 2007 mais de 3,5 milhões de passageiros. O crescimento do número de turistas transportados é impressionante: 62,5% entre 2003 e 2004, e 15,38% entre 2004 e 2005. Atualmente, os trens geram 18 mil empregos diretos e indiretos.

Ainda não existem dados gerais sobre o impacto no turismo para as regiões onde eles circulam. Mas informações do governo do estado do Mato Grosso do Sul — que está instalando o Trem do Pantanal, que ligará os 459,58 km entre Campo Grande e Corumbá — apontam que já existe um crescimento turístico no estado de 4% ao ano. Quando estiver pronto, o trem poderá representar um acréscimo de 230 mil turistas ao ano, nos próximos dez anos.

É de olho neste potencial que outras três propostas de trens turísticos já estão sob análise na Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT): Madeira-Mamoré (Rondônia, com 57 km), Tangará-Pinheiro Preto-Videira (Santa Catarina, com 36 km); e Rio Claro (Lídice)-Barra Mansa (Rio de Janeiro, com 62 km). Outra solicitação que deverá ser aprovada pela ANTT é a do trem ligando Ouro Preto a Mariana, outras duas cidades históricas de Minas Gerais. Estão sendo investidos no projeto R$ 30 milhões. Este trem deverá começar a operar em 2006.

— Este serviço pode crescer com o trabalho de prefeituras, que podem firmar parcerias com associações, comerciantes e artesãos — avalia o diretor-geral da ANTT, José Alexandre Resende.

Estrada do Corcovado foi a pioneira na modalidade – Das linhas em operação ou já autorizadas, 15 são permanentes e quatro são sazonais, ligadas a grandes festas, como o Trem do Frevo — que sai em fevereiro em Recife. Ou o Trem do Forró, na Paraíba, que liga Campina Grande e Galante durante as festas juninas.

No Rio, a Estrada de Ferro do Corcovado foi inaugurada em 1884 e é a primeira exclusivamente turística. Hoje, é a que recebe o maior número de passageiros. A Abottc faz um esforço para revitalizar o Trem da Serra, ligando o Rio a Petrópolis. Os investimentos previstos são de R$ 20 milhões e podem ter o aporte do BNDES.

Os 48 quilômetros da viagem do Trem da Uva, na Serra Gaúcha, são dos mais conhecidos pelos turistas. Em Minas, a locomotiva “Maria Fumaça”, fabricada há mais de cem anos, puxa o trem que liga São João Del Rey a Tiradentes. Já a estrada de ferro de Pindamonhangaba e Campos do Jordão, em São Paulo, tem 47 quilômetros. E no trem há estátuas de barro referentes aos personagens de Monteiro Lobato.

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Fonte: O Globo

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