A Linha 1 do metrô de Belo Horizonte, que liga o bairro Eldorado, em Contagem, à Estação Vilarinho, em Venda Nova, está em pleno funcionamento desde a manhã de ontem. Agora, em todas as estações, o tempo de espera pelo TREM é de sete minutos, em horário de pico, e de 13 minutos, nos demais horários. Até o fim de 2006 será finalizada a Estação de Integração Vilarinho, que facilitará o tráfego entre a região e o Centro de BH, unindo as linhas de ônibus ao metrô. Atualmente, cerca de 110 mil pessoas usam o metrô por dia e a expectativa é de que com a integração da Estação Vilarinho esse número chegue a 240 mil.
A professora Gisele Rocha, de 32 anos, mora no bairro Jardim Ana Lúcia, região de Venda Nova, e toda segunda-feira precisa ir ao Barreiro. Ela caminha cerca de 15 minutos, chega à Estação Vilarinho e pega o metrô até a Estação São Gabriel, na região Nordeste, onde embarca num ônibus para o Barreiro. Se a Linha 2 – Barreiro – Calafate – e região hospitalar – estivesse pronta, além da Estação Integrada do Vilarinho, ela tomaria o metrô, trocaria de TREM em Santa Tereza e chegaria ao Barreiro. Quando precisa ir ao Centro, Gisele prefere o ônibus, porque há um ponto perto de sua casa e ela tem medo da Estação Central. “O metrô de hoje tem pouca serventia”, diz.
A sinalização automática instalada entre as estações São Gabriel e Vilarinho é o que faltava para o funcionamento pleno da Linha 1. Foram investidos R$ 38,7 milhões do governo federal nesta fase. A sinalização eletrônica permite que a operação ferroviária seja feita com segurança e intervalos reduzidos, em razão do controle por circuitos eletrônicos instalados ao longo da via, interligados à Central de Controle Operacional, que monitora toda a circulação do metrô. Assim, os TRENS passaram a circular sem interrupção nos dois sentidos, em todas as 19 estações. Antes, entre São Gabriel e Vilarinho, um trecho de 5,6 km, com três estações intermediárias – Primeiro de Maio, Waldomiro Lobo e Floramar –, apenas um TREM podia operar e a demora era de até 25 minutos entre as viagens.
Simultaneamente, foi ativada a bilhetagem eletrônica do metrô com o cartão BHBus. Agora, o passageiro poderá gastar os créditos do cartão já usado nos ônibus para fazer viagens de metrô. Esste sistema permitirá não apenas a ampliação do número de linhas de ônibus integradas, fora de estações de integração, com a adoção de política tarifária ajustada ao tipo de deslocamento. Com a medida implantada pela BHTrans em parceria com a prefeitura, novas linhas serão integradas ao sistema METROviário, principalmente nas estações José Cândido da Silveira e São Gabriel.
O presidente da Companhia Brasileira de TRENS Urbanos (CBTU), João Luiz da Silva Dias, comemora as melhorias inauguradas ontem, mas reconhece que o metrô de Belo Horizonte ainda é muito limitado. Atualmente, 30 mil pessoas usam o sistema integrado de 70 linhas de ônibus e metrô. Quando o passageiro pega um ônibus de uma dessas linhas, paga R$ 1,65, incluindo o metrô, se o fizer em até uma hora e meia. A integração com o metrô e outras linhas das estações BHBus somente poderá ser feita com dinheiro até hoje. A partir de amanhã só serão aceitos o cartão BHBus e o bilhete magnético integrado tarifa A, já carimbado no metrô. Os cartões custam R$ 5 e podem ser comprados nos postos de venda das estações. Informações: 3248-7300.
CENTRO COMERCIAL A Estação de Integração Vilarinho custará R$ 30 milhões. No projeto, está prevista para 2007 a construção de um centro comercial e um estacionamento com a capacidade para 2,6 mil veículos. “O nosso objetivo é que o passageiro que for de carro até a estação possa deixá-lo no estacionamento, por preço atraente, e vá de metrô para o Centro, evitando congestionamentos”, diz o presidente da CBTU. A Estação BHBus de Venda Nova, onde não há metrô, recebe cerca de 50 mil passageiros por dia. A expectativa é de que parte dessas pessoas passe a usar os TRENS. Na Estação S
Seja o primeiro a comentar