O progresso avança também no caminho dos trilhos. As ferrovias de carga brasileiras, que nasceram do processo de desestatização ocorrido entre 1996 e 1999, realizado inúmeros trabalhos voltados para os funcionários e a comunidade.
A ALL – América Latina Logística lançou em agosto um projeto de inclusão social dirigido a jovens que residem nas proximidades da linha férrea em Curitiba. Com o programa “Oficina de Talentos”, a empresa pretende capacitar jovens estudantes para trabalhar na companhia ou em empresas da região. O primeiro grupo tem 37 alunos com idades entre 15 e 27 anos que cursam o ensino médio de três escolas públicas localizadas perto da ferrovia.
Durante os seis meses de duração do treinamento, os alunos terão a oportunidade de aprender noções de mecânica e energia elétrica básica, com aulas ministradas por professores do Colégio Técnico Bagozzi e Instituto Nardoto de Educação Profissional (Inep), parceiros da ALL no programa. As aulas acontecem na Universidade Corporativa da ALL, um espaço inicialmente criado para treinamento e reciclagem dos colaboradores da companhia, mas que agora também estende-se para a comunidade.
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A Brasil Ferrovias, holding que reúne a Ferronorte, Ferroban e Novoeste, desenvolveu o projeto “Amigos da Ferrovia”, uma ação social dirigida ao bairro Jardim Nova Esperança, em Sorocaba (SP), em parceria com a prefeitura do município. O objetivo principal é minimizar as ações que interferiam na operação ferroviária e proporcionar a possibilidade da prática de esportes e outras atividades culturais aos moradores do bairro Jardim Nova Esperança e adjacências, com população de 10 mil habitantes.
O projeto privilegia crianças e adolescentes que, por não disporem de atividades de lazer adequadas, canalizavam sua energia para práticas que colocavam em risco suas vidas e também traziam prejuízos para a operação ferroviária.
A Brasil Ferrovias realiza também reuniões periódicas com representantes da empresa, prefeitura local e líderes comunitários, para estabelecer prioridades e estratégias de atuação. A ferrovia participa de eventos esportivos e culturais com a doação de materiais esportivos, faixas de divulgação e cestas básicas como incentivos aos responsáveis pela organização dos campeonatos.
Já a FCA (Ferrovia Centro Atlântica) e a CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) viabilizam a inserção de jovens de baixa renda, entre 18 e 24 anos, no mercado de trabalho e promovem o desenvolvimento de micro e pequenos empreendimentos por meio da criação de uma rede sustentada em projetos de responsabilidade social e voluntariado empresarial.
A ênfase é para a capacitação empresarial, encaminhamento a vagas disponíveis no mercado e aconselhamento em gestão de negócios. Esse é o principal objetivo do projeto Rede de Desenvolvimento, uma iniciativa dessas empresas com a Fundação Vale do Rio Doce, Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e Rede Cidadã, nos municípios mineiros de Contagem, Sabará, Betim, Brumadinho, Congonhas e Governador Valadares. Outra operadora engajada em atividades de responsabilidade social é a FTC (Ferrovia Tereza Cristina). A empresa fechou uma parceria com a Penitenciária de Tubarão com o objetivo de devolver a cidadania ao detento, por meio de uma política de educação para o trabalho. Em quatro anos de projeto, a FTC já contribuiu para a inserção de 13 detentos no mercado de trabalho. A iniciativa da empresa foi reconhecida pelo Conselho da Comunidade da Comarca de Tubarão.
Desde 1997, a FTC promove o Trem de Natal, uma ação social voluntária que leva alegria e brinquedos para dezenas de comunidades localizadas ao longo da linha férrea. Em 2003 e 2004 foram distribuídos 8 mil brinquedos e mais de quinhentos quilos de balas, em uma ação conjunta entre a empresa, fornecedores, clientes e colaboradores voluntários, que fazem a doação de todo o material a ser distribuído.
Na área de responsabilidade soci
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