O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a manhã desta terça-feira em uma reunião sobre os projetos de infra-estrutura. Ficou acertado o lançamento de um pacote de obras, incluindo seis usinas hidrelétricas e investimentos em duas ferrovias. Na reunião também ficou decidido que o governo dará prioridade para a construção da Ferrovia Norte-Sul.
As obras de infra-estrutura serão lançadas ou executadas ao longo do ano de 2006, quando Lula, segundo ele próprio já afirmou, pretende subir em muitos palanques para divulgar projetos e programas de seu governo.
Segundo a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que participou da reunião, neste ano, deve ser concluído um trecho de 150 quilômetros entre Aguianópoles e Araguaína, municípios do estado de Tocantins. Para o próximo ano, de acordo com a ministra, será construído o trecho até Palmas, totalizando 505 quilômetros entre Aguianópolis e Palmas.
– Damos uma importância muito grande porque ela se constitui numa ferrovia estratégica e estruturante da economia, seja em termos de grãos ou de minérios – disse Dilma Roussef.
Para a ministra, a importância da retomada da construção da ferrovia, que custará aos cofres do governo R$ 140 milhões, tem o objetivo de “integrar o chamado interior continental do país, que não tem infra-estrutura”.
O governo federal, de acordo com a ministra, construiu o trecho norte 215 km de ferrovia entre Açailândia (MA) e Aguiarnópolis (TO), ligação para o Porto de Itaqui, faltando iniciar as obras entre Araguaína e Palmas (505 km).
Outra obra considera pelo presidente Lula como prioritária, segundo a ministra, é a ferrovia Transnordestina, que vai custar R$ 2,5 bilhões, ligando os portos de Suape (Recife) a Pecem (Ceara).”Pelo menos R$ 500 milhões vão ser investidos em 2006″, disse ela.
– O Brasil não tinha um investimento em ferrovia desse porte há mais de 25 anos, é histórico.
Também em 2007, de acordo com Dilma Rousseff, deve ser concluído o trecho sul, entre Anápolis e Pátio Santa Isabel, em Goiás. Segundo a ministra, a obra da ferrovia está sendo construída atualmente pela Valec, empresa vinculado ao Ministério dos Transportes, mas a operação será feita por empresa privadas, a partir de licitação. Em março deve ser feito o leilão para a exploração do trecho norte.
Também participaram da reunião os ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Silas Rondeau (Minas e Energia) e Jaques Wagner (Relações Institucionais), além dos secretários executivos do Ministério do Planejamento, João Bernardo, e Integração Nacional, Pedro Brito.
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