Reformas estão orçadas em R$ 470 mil
Visando pôr um fim nos atrasos dos trens da Grande João Pessoa, a CBTU está investindo cerca de R$ 470 mil na recuperação da malha ferroviária da região. Os trabalhos serão feitos nos trechos que apresentam problemas de super e infra-estrutura, que forçam a empresa a operar com velocidade muito baixa. As obras, que tiveram início no final de dezembro e tem previsão de término até junho deste ano, vão beneficiar 8,5 mil usuários.
Um total de sete áreas onde os trens são obrigados a trafegar em baixa velocidade –, sendo quatro no sentido Santa Rita e três no lado Cabedelo, serão recuperadas, fazendo com que os trens viajem na velocidade média de 40 km/h, diminuindo também o risco de acidentes. Atualmente, duas composições levam 1 hora e 10 minutos para completar o percurso entre Santa Rita e Cabedelo, sendo 28 viagens por dia. Com as reformas, o tempo diminuirá para menos de uma hora de duração.
O projeto de recuperação da via permanente contará com a reposição de mais de 3 mil metros cúbicos de brita, fortalecimento de guarnições, nivelamento e alinhamento de cerca de 16 km de via, substituição de dormentes de madeira por outros feitos de concreto, troca de cerca de 3 km de trilhos, além de capinação, remoção de entulhos, desobstrução de valetas e bueiros num trecho de 20 km.
A próxima missão da CBTU será conscientizar as comunidades vizinhas da via sobre a preservação da linha. “Teremos um trem mais rápido e seguro e sem atrasos. Mas depois do serviço concluído, já temos um outro desafio: intensificar as nossas campanhas educativas para conscientizar a população de não jogar lixo, abrir valas de esgoto ou retirar as britas, que são as proteções dos trilhos”, diz o superintendente da CBTU, Lucélio Cartaxo. Será feita uma campanha com cartazes, panfletos e anúncios de rádio, além de serem realizadas palestras com funcionários da CBTU nas associações de bairro.
A CBTU pretende também intensificar parcerias com as prefeituras das quatro cidades servidas pelo linha – Bayeux, Santa Rita, Cabedelo e João Pessoa – para combater a ocupação do solo na faixa de domínio e a degradação da área de segurança da via com a abertura de valetas para escoamento do esgoto. “Queremos também o apoio da Companhia de Esgoto e dos órgãos responsáveis para que evitemos problemas na estrutura de sustentação”, conclui Cartaxo.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Seja o primeiro a comentar