Londrina vai perder locomotiva histórica

Londrina está prestes a perder um patrimônio histórico que foi abandonado à mercê de vândalos e ladrões. Estão adiantadas as negociações para a devolução da locomotiva que há sete anos está no pátio do Pronto Atendimento Infantil (PAI), no Centro da cidade, à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), em Curitiba.
Trata-se de um autêntico exemplar da lendária maria-fumaça, trem a vapor que viveu seus tempos áureos nos trilhos brasileiros até meados do século passado. Fabricada em 1905 na Bélgica, a Locomotiva 101 era usada como manobreira dentro de pátios ferroviários na região de Curitiba. Em março de 1999, o veículo doado para a Prefeitura de Londrina foi colocado no pátio do PAI, junto com a fatídica inauguração da obra que levaria à cassação do então prefeito Antonio Belinati (PP).
Desde então, a maria-fumaça atravessou três gestões municipais abandonada à própria sorte, justamente numa região famosa pela presença de infratores e usuários de drogas. Mais que a ação do tempo, a locomotiva vem sofrendo com a falta de respeito dos cidadãos em relação ao patrimônio público. A lataria está pichada e várias peças de bronze já foram furtadas. Não há qualquer espécie de proteção ao trem.
`Sempre nos opomos frontalmente a qualquer equipamento histórico exposto em praça pública, pois cedo ou tarde ele vai servir de mictório público e suas peças irão sustentar os vícios dos desocupados´, dispara o diretor-administrativo regional da ABPF em Curitiba, Carlos Dias Correia Augusto. Ele afirma que a entidade tem pressa em `resgatar´ a locomotiva para evitar mais `mutilações´. Outro objetivo é inseri-la no projeto “De volta aos trilhos”, que pretende reativar antigas locomotivas para fins turísticos no Paraná.
A diretora de Patrimônio Histórico de Londrina (órgão subordinado à Secretaria Municipal de Cultura), Vanda Moraes, reconhece que a locomotiva exposta no pátio do PAI está deteriorada e lembra que o veículo já serviu até como suporte de cartaz em campanha política. `Vem sendo discutido internacionalmente se essa exposição de objetos históricos no meio da cidade é correta. Da forma como (a locomotiva) está lá, sem barreira nenhuma, com gente dormindo e defecando dentro dela, com certeza não é adequado´, admite.
Vanda afirma que a secretaria discutiu algumas formas de proteger o patrimônio, como a instalação de uma barreira de vidro ou acrílico, mas não chegou a nenhuma solução possível de ser executada. Para prevenir novos furtos, algumas peças foram retiradas e guardadas. `Também solicitamos que houvesse um maior cuidado por parte da vigilância do PAI, e ultimamente não temos recebido muitas denúncias de vandalismo´, ressalta.
Segundo a diretora, o próprio Município tem interesse em entregar a locomotiva à ABPF. As negociações começaram há dois anos e o repasse já foi oficializado, cabendo apenas à associação providenciar o transporte do veículo à Capital. `Já foi dado o parecer favorável e solicitado que Londrina seja incluída no projeto De volta aos trilhos. Ela (a maria-fumaça) terá uma finalidade muito mais digna. Além disso, Londrina já possui uma locomotiva e dois vagões no Museu Histórico (antiga estação de trem)´, completa.
A diretora refere-se a uma maria-fumaça de fabricação californiana, de 1910. É outra vítima da falta de vontade política para preservação de bens históricos. A locomotiva está guardada há anos na prefeitura da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com uma cobertura contra as intempéries, aguardando verbas do Ministério da Cultura (MinC) para sua restauração.
Já os vagões estão se deteriorando sob sol e chuva no pátio do museu. Após a polêmica em torno do Memorial do Pioneiro – que deveria ser construído no museu e serviria para cobrir os vagões, mas foi rejeitado por grande parte da comunidade – nenhuma outra solução foi encontrada.

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Fonte: Folha de Londrina

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